O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém, está vivendo seu inferno astral. Atendendo aos apelos da população, que está descontente com o desempenho da gestão, um grupo de 10 vereadores anunciou na noite de quinta-feira (10) a decisão de romper politicamente com Keko e migrar para a oposição. Além de problemas de gestão em várias áreas, inclusive com empenhos suspeitos na Educação, eles alegam dificuldade para tratar das demandas com a administração municipal, principalmente com o prefeito.

O grupo de vereadores pontua, por exemplo, que causam preocupação os contratos firmados entre a Secretaria Municipal de Educação e a empresa RC Nutry Alimentação Ltda. Eles citam empenhos suspeitos para a compra de merenda que, somados, chegam a R$ 5,8 milhões. Desse total, mais de R$ 4,5 milhões foram pagos em 85 notas fiscais num espaço de menos de dois meses. Por isso, o grupo articula uma CPI na Câmara de Vereadores para investigar os contratos.

O primeiro lote de pagamento foi em 5 de novembro de 2021, quando em 24 notas fiscais foi paga a quantia de R$ 1.024.785,07. Já em 26 de novembro foram pagos R$ 634.937,36 em 16 notas fiscais. Três dias depois, mais 17 notas totalizando R$ 865.186,59. Já em 10 de dezembro do mesmo ano, foram pagos mais R$ 678.494,70 em 12 notas ficais.

Na sequência, a gestão desembolsou R$ 846.200,67 em 9 notas fiscais, no dia 17 de dezembro. Por fim, em 27/12, mais R$ 534.985,03 pagos em 7 notas ficais.

Alerta

Os vereadores lembram que tentaram alertar o prefeito, mas sempre foram ignorados. Por isso a decisão de criar a CPI para poder investigar e, desta forma, evitar prejuízo aos cofres do município. Compõem o grupo os seguintes vereadores: Dr. Zé Carlos, Naelson Valério, Pedrinho da Galinha, Cezar Paiva, Marcos mão amiga, Neto da farmácia, Zeu Gvnet, Nia Vip Car, Sueleide de Amaro e Jobinho.

De acordo com os ex-aliados de Keko, os problemas de gestão começam pela Saúde. Nos postos, faltam medicamentos de todo o tipo, mas principalmente de uso contínuo. Já a população sofre para marcar consultas, pois faltam médicos em todas as áreas.