Abordado na semana passada durante uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Petrolina, o vereador Gaturiano Cigano (DEM) compareceu à sessão plenária desta terça-feira (22), na Casa Plinio Amorim, pronto para se defender do que chamou de “informações mentirosas”, divulgadas pela imprensa regional. Amparado pela solidariedade da maioria do seus colegas, além de familiares e amigos presentes na sessão, Gaturiano insinuou estar sofrendo “perseguição política”, deixando um recado curto e direto. “Vocês não conseguiram me calar, e nem vão me calar”, desabafou.

Sem mencionar diretamente a gestão municipal, com a qual rompeu recentemente, o vereador sugeriu que os últimos fatos relacionados a ele tenham relação com seu posicionamento em judicializar os projetos do novo Plano Diretor e de Resíduos Sólidos. Ambas as matérias foram retiradas de pauta nesta terça, a pedido do líder governista Diogo Hoffmann. “Será que foi coincidência, isso? Eu pergunto a vocês”, ironizou.

Gaturiano deixou claro que respeita o trabalho das instituições de segurança pública, “que estavam apenas fazendo seu trabalho”, mas em nenhum momento foi preso. Ele lamentou, inclusive, a divulgação de notícias de que a Polícia Federal (PF) o teria colocado num jatinho para encaminhá-lo à delegacia em Brasília. “Mentiras para todos os lados, comentários maldosos nas redes sociais, gente sendo paga para espalhar essas notícias, ameaças contra a minha vida e a da minha família”, criticou.

Segundo o vereador, foi ele quem se colocou à disposição da polícia, e não que recebeu nenhum mandado de prisão. Por várias vezes Gaturiano afirmou que não vai se acovardar pelo que passou, mas assegurou que tomará as medidas legais contra aqueles que tentaram atingir sua família. Quanto aos dois projetos do Executivo retirados da pauta de hoje, o presidente Aero Cruz (MDB) informou que serão votados na sessão de quinta-feira (24).