O delicado cenário financeiro que atravessa a Faculdade de Petrolina (Facape) levou o presidente da instituição, Professor Antonio Habib, à Câmara de Vereadores na manhã de ontem (5). Ele foi convidado pelo líder governista Diogo Hoffmann (PSC), por meio de requerimento. Já de cara, Habib negou veementemente qualquer prática de perseguição a professores descontentes com o atraso nos salários, conforme levantado pelo vereador Professor Gilmar Santos (PT).
“Na Facape não tem perserguição, não existe isso. Muito pelo contrário. Nós (da diretoria) nos damos bem com todos. Desde o início sempre dissemos que entendemos o movimento dos professores. Só questionamos por que eles não vieram falar com a gente, buscar as informações, porque seria mais fácil o diálogo”, argumentou Habib, ressaltando que o balanço financeiro da instituição está no Portal da Transparência do município.
Ele também descartou uma suposta privatização da Facape. Segundo Habib, até porque isso legalmente seria impossível. “Quem fala em privatização da Facape é por falta de conhecimento da legislação. Uma autarquia municipal não se privatiza, se extingue”, pontuou.
Habib, que também preside o Conselho Estadual de Educação, revelou que esse cenário de dificuldades poderia ter sido evitado se o curso de Medicina tivesse sido implantando na Facape em 2020 ou no começo de 2021. No entanto, a pandemia de Covid-19 inviabilizou esse projeto.
Projeção
O presidente destacou que o curso está em fase final de elaboração do edital. “Nós temos uma projeção de receita a partir do curso de Medicina, que vai transformar essa realidade de hoje da Facape. A possibilidade dessa instituição importante e rica de pessoas, competências e inteligências de poder retribuir tudo o que o município possa dar a faculdade é real. É o momento de darmos as mãos e pensar na Facape como uma entidade de valor de Petrolina“, finalizou.