O primeiro semestre de 2022 ainda nem fechou, mas os números referentes ao atendimento realizado pelo Hospital Universitário (HU-Univasf), em Petrolina, a vítimas de acidentes de trânsito já preocupam as autoridades competentes. No ano passado a unidade atendeu 8.719 feridos em ocorrências desse tipo. Já este ano, somente no primeiro trimestre, 2.159 pessoas deram entrada no HU-Univasf, com base nas notificações realizadas pela equipe de Vigilância em Saúde do hospital.
Aproveitando o ‘Maio Amarelo’, a instituição reforçar a proposta da campanha mundial: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito.
Motos
Além da motocicleta, outro meio de locomoção que tem apresentado elevados registros relacionados aos acidentes são as bicicletas, com número superior aos de carros envolvidos. Em relação aos fatores associados, constata-se, na maioria das vezes, a ausência do capacete de proteção, seguida por ausência de habilitação e uso de bebida alcóolica pelo condutor.
O domingo ainda tem sido o dia da semana com maior número de ocorrências. Neste caso, o tombamento/capotamento é a principal natureza do acidente, seguido por colisão.
Repercussões socioeconômicas
Mais de 70% dos acidentados são do sexo masculino e a faixa etária predominante é de 20 a 39 anos, o que representa mais expressivamente a população economicamente ativa. Os impactos para as suas vidas e dos seus familiares são inúmeros, tendo em vista que muitos pacientes não conseguem retornar às atividades habituais imediatamente.
“Para além das vítimas fatais, há os pacientes que sofrem traumas e podem ter sequelas, necessitando de internação hospitalar, tratamento fisioterapêutico e suporte da equipe multiprofissional. É importante alertar que os casos que envolvem lesões mais graves, como traumatismos cranianos ou medulares, podem resultar em paraplegia ou tetraplegia, entre outras condições irreversíveis para os movimentos do corpo. Neste sentido, o processo de reabilitação é iniciado dentro do contexto hospitalar e continua após a alta médica, podendo ser temporário ou permanente, a depender das sequelas apresentadas“, sinaliza Fabrício Olinda, fisioterapeuta e chefe do Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HU-Univasf.
Estudo
De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), os acidentes de trânsito geram um custo anual de R$ 50 bilhões para a sociedade brasileira.
A responsabilidade pela segurança no trânsito é coletiva e o HU-Univasf também dissemina a mensagem do Maio Amarelo para este ano: ‘Juntos salvamos vidas’.
Esse é o reflexo da IRRESPONSABILIDADE de muitos MOTOQUEIROS, que não são motociclistas de verdade.
Basta observar como eles andam nas ruas pela contramão, avançando o sinal vermelho dos semáforos, fazendo ultrapassagens pela direita, subindo nas calçadas e etc…