A presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco, Ludmila Outtes, confirmou, em entrevista ao Blog, que é pré-candidata à uma vaga na Câmara Federal, pelo partido Unidade Popular, nas eleições deste ano. Enfermeira e integrante de movimentos sociais e estudantis, a jovem de 34 anos concorrerá pela primeira vez ao cargo, levantando a bandeira da valorização profissional dos enfermeiros.

“Era uma demanda antiga da nossa categoria, de que tivéssemos no Congresso representantes que lutassem pelos nossos direitos. Recebi o chamado do partido e aceitei com muita vontade de fazer acontecer. Nós conquistamos muitas coisas nos últimos anos e podemos conquistar muito mais. Para isso, preciso do apoio de cada pernambucano, para juntos transformamos a saúde do Estado”, declarou.

Ludmila, que está a frente do Sindicato desde 2018, cumprindo seu segundo mandato, diz carregar uma vasta experiência em lutas salariais e busca por melhorias para os enfermeiros. Segundo ela, seu projeto é expandir essas conquistas. “Nós conseguimos muitas vitórias nos últimos anos, apesar dos desafios que a pandemia nos impôs, podemos dizer que a interiorização do Sindicato, em quatro subsedes (Caruaru, Petrolina, Carpina e Afpgados),  fez com que muitas pautas saíssem do papel”, destacou.

Mulher na política

Para a pré-candidata, um dos desafios da caminhada será romper as barreiras do machismo dentro dos ambientes sindical e político. “Ao longo desses anos passamos por muitas situações de abuso de poder e machismo, e é algo que estamos dispostas a combater com todas as ferramentas possíveis. Não vamos admitir que nossa voz seja diminuída, e vamos continuar conquistando espaços e vitórias para a categoria”.

Governo de PE

Questionada sobre quem irá apoiar para a corrida ao Governo de Pernambuco, Ludmila disse que o partido ainda definiu com quem irá juntar forças, mas garantiu que apoiar o PSB está fora de cogitação. “Temos uma certeza, que é não apoiar o desgoverno do PSB. Este foi o pior projeto para Pernambuco nos últimos anos. São 16 anos sofrendo e não vamos mais admitir isso”, cravou.