O deputado estadual Alberto Feitosa (PL) virou alvo de um pedido de cassação protocolado ontem (21) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pelo coletivo das Juntas Codeputadas e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A denúncia é de que Feitosa violou o Regimento Interno da Casa e o Código de Ética Parlamentar – consequentemente a quebra de decoro.
Na tarde de 31 de maio último, em reunião plenária remota da Alepe, a codeputada Jô Cavalcanti foi ao plenário e falou sobre a catástrofe das fortes chuvas que a população da Região Metropolitana do Recife (RMR) e da Zona da Mata estava enfrentando. Ela criticou a forma com que a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a Prefeitura do Recife e o governo do Estado levam a crise hídrica em suas gestões e a ausência de políticas públicas específicas. Também criticou fortemente o presidente Jair Bolsonaro pelo desmonte na política habitacional do país.
Segundo o documento protocolado na ALEPE, o deputado abusou de suas prerrogativas parlamentares e atentou contra a dignidade do Parlamento ao desempenhar condutas que levaram à execração pública o Poder Legislativo estadual. Segundo a codeputada, essa não é a primeira vez que Feitosa empenha condutas ostensivas contra outros parlamentares – ofendendo, portanto, a própria Casa. O deputado também desrespeitou o Código de Ética da Alepe ao entrar na Casa portando arma de fogo, o que é expressamente proibido pelo código.
É tanto partido político, que existe agora até Confederação de Partidos Políticos. É muita gente para ser sustentada com o dinheiro de quem trabalha, de quem produz. A política é claro tem que existir, mas tudo tem um limite.