Em seu primeiro discurso como candidata oficial do PSDB ao governo, durante convenção realizada neste sábado (30) no Clube Português do Recife, Raquel Lyra afirmou que “Pernambuco não é capitania hereditária, não é de uma família só, é de todos“. A ex-prefeita de Caruaru também ressaltou que pode até não ter muito tempo no horário de propaganda política, mas tem o povo, complementando com a afirmativa de que “para aqueles que pensam que Pernambuco não precisa mudar, eu digo que meu compromisso é com as próximas gerações e não com as próximas eleições“, discursou.
Já a candidata a vice na chapa de Raquel, Priscila Krause, discursou afirmando que em sua trajetória política aprendeu a enxergar o Recife como uma cidade diversa. “São vários Recifes, cada um com uma dificuldade diferente e que me estimulava a ir em frente”, ressaltou.
Priscila também falou sobre a importância dela, de Raquel e de Guilherme Coelho – candidato ao Senado da chapa – referindo-se ao histórico político de cada um para disputar as eleições. “Esse time não chegou aqui por acaso sem saber de onde veio nem pra onde vai”.
Guilherme, por sua vez, falou sobre as dificuldades que Petrolina atravessou nas últimas décadas e sobre o papel do seu pai, Oswaldo Coelho, no desenvolvimento do município. O candidato também ressaltou sobre a energia que vem da vontade do povo. “A energia elétrica é forte, a energia do homem é forte, mas não tem energia maior do que a vontade do povo. E eu sinto essa energia aqui“, afirmou o candidato. (Fonte: Folha/PE)
A retórica falha!
Há muitos anos a Capitania foi loteada. Lyras, Campos, Arraes, Coelhos, Brittos e outras famílias dominam seus territórios e ditaram as regras políticas, sociais, empresariais e econômicas. Só não vê quem não enxerga.
Coronéis disfarçados de bons samaritanos.
Velhas raposas unidas querendo tomar conta do galinheiro.
Sugestão de leitura: A República das Elites. Agassis de Almeida. Lá constam os sobrenomes de famílias que mandam na capitania desde o século XVI até hoje.
Só falou verdade!
A música de Geraldo Vandré “Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando)”, retrata exatamente isso, o Coronelismo. A letra não tem nada a ver com o Regime Militar, simplesmente se aproveitaram disso e quem saiu perdendo foi o próprio Vandré que teve de se exilar, mas ressaltamos, a música retrata os mandatários das Capitanias Hereditárias, e Pernambuco tem sofrido um atraso enorme por conta disso, principalmente depois dos Arrais, é só atraso.