Como haviam anunciado, os enfermeiros e técnicos de enfermagem em Petrolina engrossarão uma greve geral em todo o país, a partir desta sexta-feira (10). O foco principal das reivindicações é a implantação do piso nacional da categoria, estipulado em R$ 4.750,00.
A concentração da greve na cidade acontecerá em frente à Policlínica de Petrolina, a partir das 8h. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), inclusive, informou que alguns serviços realizados pelos profissionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) sofrerão interrupção, voltando à normalidade na próxima segunda-feira (13).
A este Blog, o assessor do Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (SEEPE), Bruno Melo, reforçou que nas UBSs e PSFs não haverá nenhum profissional trabalhando hoje. No entanto, por conta de greves anteriores, a justiça determinou uma porcentagem mínima de profissionais em atividades que não sejam Atenção Básica.
Por isso, nos serviços de média e alta complexidade – a exemplo da policlínica, maternidade, centro de parto normal e hospitais (exceto serviços de urgência) – 50% dos servidores da área não trabalharão; já nas UTIs, Emergência e Urgência, blocos cirúrgicos e centro exclusivo de Covi-19 (vacinação) apenas 20% dos profissionais podem aderir à greve. “O que a gente orienta é que nossa greve é para o país sentir a falta que a enfermagem faz. Portanto, as enfermeiras que vão trabalhar nessa porcentagem a não fazer serviços de burocracia, mas essencialmente de enfermagem”, disse Bruno.
Mesmo assim, ele informou que a assessoria jurídica do SEEPE e o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) estarão de plantão para receber eventuais denúncias de represálias contra o profissional que participar da greve.
Fundo
Perguntado se não há uma precipitação em se fazer o movimento paredista, o representante do SEEPE explicou que um fundo destinado ao pagamento do piso nacional da categoria já foi aprovado por meio de uma PEC no Congresso. O que falta, segundo ele, é apenas a assinatura de uma Medida Provisória (MP) para determinar cada valor destinado a instituições onde atuam os profissionais, seja na área pública ou privada – conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “Esse fundo, no ano passado, teve um superávit de R$ 28 bilhões. Então, a MP é que vai dizer para onde vai cada valor desse”, ponderou.
Bruno acredita haver todas as condições de se implantar o piso, já que em Petrolina uma unidade médica da rede privada – o HGU – já está pagando o piso. No ano passado, outros hospitais particulares também instituíram o novo valor na carteira de trabalhos dos seus enfermeiros, mas voltaram atrás depois do reajuste ter sido suspenso pelo STF em agosto.
Infelizmente não será pago.
Os hospitais não tem suporte financeiro para isso.
Pessoal, não se iludam… não tem como pagar esse piso pra vcs. Infelizmente é a realidade.
Pessoal, não se iludam… não tem como pagar esse piso pra vcs. Infelizmente é a realidade.
Os hospitais privados não suportarão essa demanda financeira.