Proprietária alerta para risco de desabamento de condomínio no Bairro São José

por Carlos Britto // 14 de julho de 2023 às 18:28

Foto: WhatsApp/Blog do Carlos Britto

O desabamento de um prédio em Paulista (PE), no Grande Recife, há uma semana, que deixou um saldo de 14 mortos, acendeu o alerta em Petrolina. Uma proprietária de um apartamento no Condomínio Morada Nobre, localizado à Rua Tivinha Ramos Brandão, no Bairro São José, área central da cidade, entrou em contato com o Blog para fazer uma séria denúncia.

Pedindo anonimato, ela revelou que o prédio está com sua estrutura comprometida e também pode desabar. A proprietária e seu marido adquiriram o imóvel junto à Caixa Econômica entre os anos de 2009 e 2010, e residiram no Morada Nobre até 2017. Nessa época ela descobriu um fato preocupante.

Um dos moradores, que é engenheiro civil, percebeu, quando foi feita uma reforma, que o tipo de bloco usado não é o bloco correto de construção. Não era bloco estrutural, era bloco de vedação”, informou. O detalhe foi confirmado por meio de laudos técnicos assinados pela Defesa Civil de Petrolina, os quais o Blog teve acesso. Em um deles, a Defesa Civil chega a pedir a interdição do condomínio no dia 29 de setembro de 2017. A partir desse resultado, ela o marido e todos os 8 proprietários precisaram sair do imóvel.

Mas a questão não para por aí. A proprietária contou que um dos moradores deixou de pagar o financiamento do seu apartamento à Caixa Econômica. Mas a instituição, mesmo ciente dos laudos técnicos, realizou leilão do imóvel. Uma pessoa que adquiriu esse imóvel mora atualmente no condomínio e também tem conhecimento da situação.            

Ação judicial

Ela e o marido deram entrada com uma ação judicial em 2017, na tentativa de serem ressarcidos, mas até o momento nada foi resolvido. A proprietária cobra uma maior celeridade da justiça. 

Muitos de nós continuamos pagando o financiamento do imóvel que não está habitado ou pagando aluguel, porque os construtores até hoje não se responsabilizaram por nada, e eles permanecem na cidade construindo e vendendo seus imóveis normalmente”, desabafou. A reportagem tentou um contato com a Caixa sobre a situação do condomínio, mas até o fechamento da matéria não obteve êxito. Em relação aos responsáveis pela construção do Morada Nobre e a ação judicial, o Blog deixa o espaço reservado para quaisquer esclarecimentos sobre o assunto.

Proprietária alerta para risco de desabamento de condomínio no Bairro São José

  1. Joselito Brandão disse:

    Sou um dos Proprietários de AP, para ser mais exato? Ap 302. No meu AP as Cerâmicas começaram a se descolar da Argamassa de Terceira que os Construtores usaram para “baratear: a Obra… Com poucis anos do Condomínio está completo, as Cerâmicas foram também se descolando, chegando a carga sobre os carros no estacionamento. Então, nós o convocamos para diversas reuniões, e na última, com as presenças dis Advogadis eles fecharam acordo conosco, assumindo compromisso de pagar os Aluguéis enquanto o Prédio era corrigido. Mas eles, todos os Sócios Construtores depositaram apenas o primeiro aluguel, e depois caíram fora mandando-nos entrar na Justiça.

  2. Maria disse:

    A Prefeitura também é responsável.
    Cobra altas taxas de alvará de construção, diante disso deveria fiscalizar a obra já impedindo de continuar ao verificar falhas, material inadequado, mas infelizmente, não procedem com uma fiscalização de fato o resultado se vê aí, as pessoas que se prejudiquem por enquanto financeiramente, quando não muito perdem a vida e ficam jogando culpa uns para os outros.

  3. João disse:

    Toda obra existe a fiscalização. Se a obra foi avante, sinal que foi aprovado pelos fiscais da prefeitura que assinaram. Esse prédio foi todo construído e os fiscais da prefeitura aprovaram sem ver? Se teve alvará pq entende-se que foi construído dentro das normas

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