Dia de Luta Contra Hepatites: Brasil tem 750 mil casos registrados em 22 anos

por Carlos Britto // 27 de julho de 2023 às 20:30

Foto: reprodução

O Dia de Luta Contra as Hepatites Virais será lembrado em todo o planeta nesta sexta-feira (28), com números que pedem atenção no Brasil. Foram 750 mil casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde de 2000 a 2022. É o que mostra o Boletim Epidemiológico, do Ministério da Saúde, divulgado neste mês. O tipo prevalente no país é o C (39,8%), seguido pelo B (36,9%). Ambas têm formas de transmissão em comum: por meio do contato com sangue contaminado, prática de sexo sem uso de preservativos, na transmissão de mãe para filho durante a gestão ou no parto. Os dois tipos também se tornam frequentemente crônicos, assim como a hepatite D (0,6% dos casos no país).

Conforme a infectologista Giorgia Torresini, que atua no Hospital do Círculo, a falta de diagnóstico é comum em pacientes com hepatite porque são, na maior parte das vezes, infecções silenciosas. “Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado, e, como consequência, o paciente pode ter fibrose avançada ou cirrose. São doenças que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão“, explica a médica.

O Ministério da Saúde registrou no Brasil casos também de hepatite A (22,5%) e E (0,2%). Embora se diferenciem nas formas de transmissão e tratamento, os diversos tipos de hepatite podem apresentar sintomas semelhantes. “As hepatites podem causar alterações leves, moderadas ou graves no fígado. Entre os sintomas, estão cansaço, mal-estar, vômitos, dor abdominal, febre, tontura, enjoo, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras”, detalha Giorgia.

Os tratamentos são feitos de acordo com a cepa com que o paciente foi infectado. A hepatite B, por exemplo, não tem cura, mas o tratamento disponível no SUS reduz o risco de progressão da doença e as consequentes complicações. Para as hepatites C, o tratamento é feito com medicamentos chamados de antivirais de ação direta, que apresentam taxas de cura acima de 95%. Para os tipos A, D e E, não há tratamentos específicos, portanto o foco é no controle dos sintomas e do dano ao fígado. No link disponibilizado pelo Blog, as pessoas podem ficar por dentro das dicas para se prevenir de todas as formas da doença. (Fontes: Giorgia Torresini e Mnistério da Saúde)

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