A agora ex-secretária de Estado, Lucinha Mota, suplente de deputada estadual pelo PSDB, virou vereadora de Petrolina. Ela será diplomada hoje. E o imbróglio é maior do que se pensa. Lucinha estava se segurando na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo Raquel Lyra, e os rumores de sua demissão iminente eram enormes.

Ela gravou um vídeo dizendo que o ex-vereador Júnior Gás, que foi cassado e a quem ela substitui, tirou dela mais de três anos de mandato. Após decisão do Cartório Eleitoral de Petrolina, ontem, Lucinha afirmou que “a fraude eleitoral pelo partido Avante em 2020 foi corrigida”.

O problema é que Lucinha assume um mandato que é do PSOL. e que o seu suplente, Erivanildo Amâncio (o Erivan Bombeiro/foto), reclama o direito e a cadeira, já que ele, sim, permanece no partido. Lucinha assumiu a suplência de deputada pelo PSDB. Será que agora ela abre mão dessa suplência, já que ocupa uma cadeira destinada ao PSOL?

O fato é que a governadora Raquel Lyra saiu bem na foto. Fica de bem com Lucinha, ganha mais um ‘soldado’ em Petrolina e ainda fica com um bom espaço para trabalhar no seu governo.

Já quanto a Lucinha, a polêmica ainda deve permanecer na cidade. isso porque a Executiva do PSOL de Pernambuco deverá entrar com pedido de cautelar na justiça eleitoral reivindicando a vaga do ex-vereador Júnior Gás, já que o mandato não é do candidato ou candidata, e sim do partido. O assunto ainda vai dar muito pano pra manga.

FIG em pauta

O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) voltou a ser pauta na Alepe. O deputado estadual João Paulo (PT) mencionou problemas relacionados ao evento. Ele destacou uma petição feita ao Ministério Público de Pernambuco por cinco vereadores da cidade para apurar a legalidade e o potencial de danos da proposta de transferência da gestão do evento do governo do Estado para o município, como pretende fazer o prefeito da cidade, Sivaldo Albino. “Manifesto minhas preocupações com o destino de um festival que, com todas as dificuldades, ainda é uma referência para o Brasil”, declarou.

Em defesa de Bolsonaro

O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa comentou na Alepe sobre o pedido de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas. O documento foi apresentado na última terça (17) pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Dias (PSD-MA). Para o deputado, a justificativa da decisão é “absurda”. “Ela cria um motivo para o indiciamento do presidente Bolsonaro: ´influenciar moralmente os atos do dia 8 de janeiro’. Eu nunca vi ninguém, até hoje, ser indiciado na legislação penal brasileira por esse artigo”, ironizou. O parlamentar acrescentou que o relatório denunciou pessoas que não chegaram a ser ouvidas pela comissão, deixando de fora ministros e autoridades da gestão atual.

Rompeu

Quem virou as costas e se tornou adversário do prefeito de Paulista (Região Metropolitana), Yves Ribeiro, foi o presidente da Câmara Municipal, vereador Edson Araújo, o ‘Edinho’. O anúncio do rompimento veio acompanhado da notícia de que o vereador também decidiu deixar o PSB para ingressar no PL, a convite do deputado federal André Ferreira. A situação não anda nada fácil para Yves, que já é rompido com seu vice, Dido Vieira.