Em duro artigo, dirigentes do PSOL criticam “incoerência” de Lucinha

por Carlos Britto // 26 de outubro de 2023 às 19:55

Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz. (Foto: Gabriel Siqueira/Blog do Carlos Britto)

Num duro artigo, os integrantes do PSOL, Isabel Macedo e Rafah Ramos, criticam a atitude de Lucinha Mota, atualmente no cargo de vereadora de Petrolina. Para Isabel e Rafah, Lucinha “praticou um golpe” contra a legenda ao assumir uma cadeira na Câmara Municipal de Petrolina que não mais lhe pertencia, já que está fora do PSOL há quase dois anos e, ainda por cima, é suplente de deputada estadual pelo PSDB – expondo toda sua incoerência.

Confiram a íntegra do artigo:    

O poder não corrompe, porém revela as pessoas,diz um sábio ditado popular. Assim foi com Lucinha Mota. Lucinha ganhou notoriedade a partir de uma tragédia em sua família, fazendo com que a luta por justiça fosse a sua bandeira. De forma exemplar ela levantou o movimento “Todos por Beatriz”, que ficou conhecido em Petrolina,no Brasil e em vários países. 

Com o crescimento do movimento em prol de sua filha,Lucinha passou a atrair muitos olhares na sociedade,inclusive de mães que viram em sua luta a possibilidade de buscar solução em tantos crimes que até hoje não receberam resposta da justiça. Com isso Lucinha propagou que mesmo com o encerramento do Caso Beatriz, a luta continuaria e se estenderia para ajudar mães que tiveram seus filhos assassinados e desaparecidos e foram invisibilizados. 

O Caso Beatriz foi solucionado e o criminoso encontra-se preso. Enquanto lutava por justiça, Lucinha decidiu entrar para a política, levando a sociedade a entender que, assim, ela teria mais relevância e chamaria a atenção do poder público para ajudar a solucionar o Caso Beatriz com mais agilidade. 

Durante sua busca por um partido, Lucinha optou por se filiar ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), conhecido por não se envolver em escândalos de corrupção e pela sua combatividade. Por este partido ela dispôs seu nome para dois pleitos eleitorais, obtendo boa votação, sendo a primeira candidatura para deputada estadual, ocupando o lugar de suplente e a segunda para vereadora. Esta, por sua vez, não a elegeu por falta de coeficiente eleitoral. 

Nesta segunda eleição,Lucinha obteve a informação da possível fraude eleitoral por parte do AVANTE, que forjou a cota de gênero para eleger um vereador, fazendo com que Júnior Gás ocupasse o cargo. Essa informação, junto ao auxílio do PSOL, rendeu uma ação judicial e que recentemente comprovou o crime eleitoral e cassou o mandato do AVANTE, concedendo o direito de ocupar o cargo ao PSOL. 

Em 2022,Lucinha Mota decidiu mudar de partido, escolhendo sair do PSOL e se filiar ao PSDB da governadora Raquel Lyra, evidenciando os primeiros indícios de incoerência, existindo uma gigantesca distância entre os partidos, optando pelo lado tradicional e neoliberal. Após a eleição de 2022, mesmo não sendo eleita, Lucinha foi agraciada com o convite para ser secretária de Justiça e Direitos Humanos. 

Estando dez meses à frente da pasta,não conseguiu nenhum feito que fosse atribuído a uma gestão minimamente comprometida com a população,com a justiça e principalmente com os direitos humanos. Não há sequer um feito que lhe atribua mérito ou visibilidade em relação à pasta ocupada. Hoje, fora do PSOL há quase 2 anos, ela perdeu o direito de ser indicada pelo partido como vereadora,passando o direito ao próximo suplente, que é Erivanildo Amâncio (Erivam Bombeiro, como é conhecido entre os petrolinenses). 

Sabendo que a ação movida por Lucinha tratava-se exclusivamente sobre a cassação da chapa do AVANTE e, na época, não havia infidelidade partidária por parte de Lucinha Mota. O Desembargador Eleitoral Rogério Fialho Moreira declarou que “a diplomação objeto da presente irresignação está seguindo estritamente a ordem de classificação dos candidatos do PSOL, nas Eleições de 2020”. 

Ainda sobre a sua posse, Lucinha deu mais um aceno a sua incoerência, tendo em vista que ainda é suplente de deputada pelo PSDB. A vaga que ela assumirá é um direito conquistado pelo PSOL, que obteve mais de 5 mil votos; sabe-se que o partido reivindicará sua vaga judicialmente, reiterando a infidelidade partidária de Lucinha Mota. 

Todos os cidadãos que acompanham os fatos passados e recentes estão perplexos com o golpe dado por ela. A atitude que as pessoas esperam de Lucinha Mota é de que ela renuncie ao mandato a um cargo que legitimamente não lhe pertence. O que ainda intriga a população é o relacionamento que Raquel Lyra estabeleceu com a família Coelho, a qual outrora Lucinha fizera duras críticas e hoje se assemelha a uma ‘menina de recados’ da governadora. 

Rafah Ramos e Isabel Macêdo (Militantes pelos direitos humanos/PSOL)

Em duro artigo, dirigentes do PSOL criticam “incoerência” de Lucinha

  1. Sempre Atento disse:

    Esse PSOL tá igual a mulher casada quando o marido deixa,nunca quer deixa o cara em paz sempre a mesma ladainha ,vão atrás de votos ver se elegem alguém já que vcs nunca tiveram capacidade e pelo visto vai continuado sem eleger.

  2. Reginaldo Rodrigues disse:

    De fato essa Senhora é contraditória. Em uma analogia a teoria da curvatura da vara ,ela curvou totalmente para o lado oposto que tanto criticava. Decadência ideológica.R

  3. Luiz disse:

    Raquel Lyra com família coelho ou apenas com Guilherme Coelho?

    Essas coitada tá perdida quem der mais ela aceita…
    Não tinha nada que entrar em politica

  4. Rafah Ramos disse:

    Obrigada por publicar,espero que Lucinha tenha consciência que o mandato não é dela.

  5. Paulo disse:

    Rafa quem votou votou nela e não no pesol ou osvotos foram todos de legenda

  6. vovô disse:

    Quanta inocencia em Reginaldo, qual o politico tá isento desta prática? dos que você apoia tem um monte. Se liga Mané! kkkkkkkkk

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