Presidente do PT-BA defende Wagner em voto ‘solitário’ a favor da PEC do STF

por Carlos Britto // 23 de novembro de 2023 às 12:00

Foto: arquivo/reprodução

O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia (PT-BA), Éden Valadares, defendeu o senador e líder do Governo no Senado Federal, Jaques Wagner, por seu voto, na quarta-feira (22), à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que limita decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Aprovado no senado por 52 a 18 votos, o texto ainda será apreciado na Câmara dos Deputados e tem como objetivo impedir sentenças individuais em tribunais superiores que impossibilitam a eficácia de uma lei ou de atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara. Wagner optou por seguir a oposição, ao dar seu voto favorável à PEC.

Ao destacar que o presidente Lula, na prática, não orientou sua bancada sobre a votação e não definiu uma posição contrária ou a favor do texto, Éden destacou que “tem plena confiança nas decisões, na indiscutível correção e na aguçada percepção” de Wagner sobre os assuntos políticos dos mais simples aos mais complexos envolvendo os rumos da Bahia e do Brasil. “Se estou aqui, se Rui Costa está onde está, se Jerônimo é governador, se o PT Bahia é o que é, devemos a ele. Então, eu confio demais”, comentou Éden Valadares.

Éden explicou ainda que apesar de não vivenciar a realidade de Brasília, por morar na Bahia devido à sua direção à frente do PT no Estado, tem plena convicção da habilidade de Wagner em promover e fomentar harmonia política entre os Três Poderes.

Não vivo o dia a dia do Senado, nem do Congresso. Mas sei que Jaques Wagner é um grande líder de Governo, alguém com reconhecida capacidade de articulação há décadas. Desde que foi deputado, ministro e agora senador. Portanto, ele tem os motivos dele para votar como votou e, como sempre, os apresentou publicamente. Não me peçam para rivalizar ou polemizar com o senador. Todos sabem da minha relação política e pessoal com Wagner. Minha posição, de mérito, é a do PT. Mas não vou render discordância pública com o nosso timoneiro. Se fez, tem suas razões e eu apoio. Quem sabe, daqui a um tempo, dias, semanas, meses, a gente não perceba ou enxergue a jogada que ele está fazendo? Sempre foi assim. Wagner pensa muito à frente do nosso tempo e nele eu confio”, concluiu.

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