Alunos de escola pública no Pajeú desenvolvem fralda biodegradável que custa R$ 1,40

por Carlos Britto // 19 de dezembro de 2023 às 12:00

Foto: Divulgação

Cinco estudantes da rede pública estadual de Pernambuco desenvolveram um modelo de fralda biodegradável infantil que custa apenas R$ 1,40. O projeto, intitulado ‘EkoFraldas’, foi criado por cinco estudantes da Escola Técnica Estadual (ETE) Paulo Freire, que fica localizada na cidade de Carnaíba, no Sertão do Pajeú.

A criação das EkoFraldas surgiu de um trabalho realizado para uma disciplina da escola. A proposta era de identificar um problema social e apresentar uma solução prática e viável para resolver. Durante o ano letivo, o grupo de alunos decidiu desenvolver um projeto que conscientizasse a respeito do uso de fraldas descartáveis.

De acordo com a pesquisa realizada pelos alunos, uma fralda de plástico, do modelo convencional, leva em média 450 anos para se decompor. A desenvolvida pelos alunos em Carnaíba começa o processo de decomposição cerca de sete dias após o uso e, na água ou no solo, demora em média um ano para se decompor completamente.

No protótipo, os alunos conseguiram desenvolver uma fralda em si (um shortinho de algodão), a qual esse shortinho tinha a possibilidade de colocar um cartucho absorvente de líquidos e dejetos sólidos.

Composição 

O produto é composto por duas partes. A primeira, que não é descartável, é a fralda de tecido, que tem velcro e elásticos para regular de acordo com o tamanho da criança. O orçamento estimado para essa parte da fralda ficou em média R$ 1.

A segunda parte da fralda é um cartucho descartável, composto por um tecido de algodão que reveste o plástico biodegradável e fibras de coco que retém o líquido. O custo ficou na média de R$ 0,40.

A solução proposta foi de produzir uma fralda ecológica que apresentasse cartuchos substituíveis e sustentáveis, permitindo que classes mais baixas tenham acesso e que não prejudique o meio ambiente, contribuindo com o consumo e produção responsáveis”, afirmou uma das alunas envolvidas no projeto, Shayane Silva. (Fonte: g1 Caruaru)

Foto: Divulgação

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