Em Gravatá (Agreste), depois até de campanha das mídias sociais para que os vereadores fossem votar, a Câmara Municipal votou e aprovou, em pleno domingo (dia 31 de dezembro), o projeto de lei que autorizou o prefeito Joselito Gomes (PSB) a contratar empréstimo de cerca R$ 60 milhões para obras estruturadoras para a cidade.

A votação aconteceu, mesmo sob o protesto da oposição, que pedia mais informações sobre a aplicação dos recursos. O vice-presidente da câmara, vereador Bruno Sales, do time da oposição, já se mostrava contra afirmando que o documento era raso e não trazia informações detalhadas sobre o impacto orçamentário ou de onde os valores das parcelas seriam recolhidos.

O vereador afirmou que o projeto colocaria em risco os recursos recebidos pela cidade, uma vez que o dinheiro do FPM seria a garantia do desconto das parcelas, em caso de inadimplência.

O município explicou que o recurso será aplicado na pavimentação de mais de 150 ruas pelos diversos bairros da cidade, com destaque nas comunidades da Área Verde, Salgadão e Alpes Suíços.

A construção de postos de saúdes e escolas também estaria sendo contemplado no uso do recurso, além da construção de um centro administrativo, já que todas as secretarias hoje funcionam em prédios alugados, que não são propriedade da prefeitura.

Mão na cabeça 1

O novo salário mínimo nacional, no valor de R$ 1.412, começou a valer a partir de ontem (1º) e vai impactar com força as prefeituras do Interior de Pernambuco. O reajuste representa um aumento de quase 7% em comparação aos R$ 1.320 pago em 2023. Em tempos de FPM baixo e repasses reduzidos, tem prefeito com as mãos na cabeça.

Mãos na cabeça 2

O problema da falta de recursos não é só para os gestores pernambucanos. Durante o ano de 2023, prefeitos brasileiros se queixaram da queda na arrecadação e gritaram pelas contas no vermelho. Registramos, inclusive uma inédita greve. No início de dezembro, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou que cerca de 27% dos prefeitos iriam concluir 2023 “no vermelho”. O levantamento ouviu 4.456 gestores – 80% das 5.568 prefeituras do país. Ao todo, 1.214 disseram passar por esta dificuldade.

Mais um feminicídio

O Governo Raquel Lyra precisa agir mais rápido quanto à violência contra as mulheres. Tabira, no Sertão do Pajeú, iniciou 2024 com o primeiro feminicídio. A informação é de que uma mulher teria sido agredida a socos e pontapés até a morte pelo companheiro, na zona rural do município. A mulher foi encontrada em sua residência, muito debilitada pelas agressões. Ela foi levada para o hospital ainda com vida, mas, devido à gravidade das lesões sofridas, não resistiu e faleceu.

Mais forte

Em São Caetano, no Agreste, o prefeito Josafá Almeida (UB) agora já conta com 11 vereadores em sua base, dos 13 que compõem a Câmara Municipal. O vereador Olímpio (PSB) é o novo integrante do time. Experiente, o parlamentar, que já tem sete mandatos, anunciou apoio ao grupo do prefeito e vai correr para tentar mais uma eleição. A oposição lamentou a perda de mais um soldado.