O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltará a despachar no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, 3, após um recesso de oito dias na praia privativa de Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro. Em seu retorno à capital federal, Lula terá que manejar negociações duras com o Congresso e retomar diálogos sobre mudanças a serem feitas no primeiro escalão do governo, especialmente no Ministério da Justiça, que seguirá com Flávio Dino no comando somente até o dia 8 de janeiro.
A substituição de Dino é um dos temas de definição imediata com os quais Lula precisará lidar. O atual titular da pasta da Justiça só tomará posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 22 de fevereiro, mas Lula afirmou no final do ano passado que ele permanecerá no governo até a primeira semana deste ano para participar da cerimônia de um ano da tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro do ano passado, em Brasília.
O petista pretende reunir os chefes dos Três Poderes e um bom número de governadores para simbolizar o triunfo das instituições democráticas. Porém, os governadores de oposição devem desfalcar o evento sob alegações de férias, viagens a trabalho e até ‘falta de convite’.
Encerrada as festividades, Lula se voltará novamente à definição do novo ministro da Justiça. Sem um sucessor claro, as disputas internas dentro do governo para emplacar o substituto de Dino se intensificaram. O ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski é tido como favorito ao cargo, mas existem grupos divergentes na Esplanada dos Ministérios que ainda tentam convencer Lula a indicar a ministra do Planejamento, Simone Tebet; a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann; ou o presidente do Grupo Prerrogativa, Marco Aurélio Carvalho. (Fonte: Estadão)