Ainda sobre a questão das macas retidas do Samu, a prefeitura de Juazeiro (BA) revelou que os prejuízos causados pela superlotação dos hospitais da região também vêm afetando diversos serviços da assistência pública municipal, entre eles os atendimentos das ambulâncias sociais. O serviço, oferecido por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), auxilia pacientes com dificuldades de locomoção e de transporte.
Juazeiro conta com 12 ambulâncias sociais que realizam, em média, 2 mil atendimentos por mês, inclusive aos finais de semana. Esses veículos são responsáveis pelo transporte de pacientes para atendimentos de saúde como hemodiálise, troca de sonda, fisioterapia, entre outros.
O serviço dispõe de 40 macas, contudo apenas quatro estavam à disposição, nesta quarta-feira (20), para a prestação dos atendimentos. “Muitas vezes, nossas ambulâncias se deslocam com os pacientes para os hospitais da região, mas pela superlotação, os atendimentos demoram um longo período de tempo, às vezes, uma manhã inteira ou uma tarde. E o nosso veículo fica, momentaneamente, impossibilitado de atender aos outros pacientes. As nossas macas também acabam ficando retidas nos hospitais e sendo utilizadas como leitos”, explica o superintendente de Transportes da Sesau, Clodoaldo Alves.
Em nota, a Sesau ressaltou que segue em constante articulação com as instituições e agentes públicos que compõem a Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco (Rede PEBA), buscando encontrar soluções para as deficiências da rede.