A seis meses das eleições municipais, o clima político na Câmara de Vereadores de Petrolina dá sinais de que caminha cada vez mais para o acirramento. Prova disso foi o novo embate entre governistas e oposicionistas na sessão plenária desta quinta-feira (18).

Tudo começou após o líder da bancada de oposição, vereador Professor Gilmar Santos (PT), denunciar a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (SEDUCE), de tentar impedi-lo de entrar na Escola Moisés Barreto, localizada na Agrovila Massangano, área ribeirinha da cidade. Professor Gilmar já tinha estado na unidade em 2021, por conta de reivindicações de alunos e professores quanto a problemas no sistema elétrico da escola, que existe há 10 anos. Ele revelou ainda que a água utilizada pela escola vem do Rio São Francisco sem nenhum tratamento, e fez a denúncia à época.

Desta vez, no entanto, após novamente ser solicitado pela turma, o vereador se disse surpreso ao ser informado que, para ter acesso à escola, era preciso a SEDUCE autorizar. Professor Gilmar justificou que existe uma lei municipal (de 2018) que permite a qualquer representante do Poder Legislativo ter acesso aos prédios públicos do município para exercer seu papel de fiscalizador.

O primeiro a contestar o líder oposicionista foi o vereador Wenderson Batista ‘Pé de Galo’ (UB). Segundo ele, o Regimento Interno da Casa faz algumas ressalvas ao acesso dos vereadores a prédios públicos. Mesmo sem se referir diretamente ao Professor Gilmar, Pé de Galo afirmou que o oposicionista se aproveita do momento político-eleitoral “para fazer politicagem”.

Presidente

Último a falar, o presidente da Mesa Diretora, Aero Cruz (MDB), também rebateu o Professor Gilmar, justificando que ele não foi impedido de entrar na escola, mas informado de que haveria um horário previamente agendado para que fizesse a visita. Em tom de irritação, Aero disse que o vereador “desrespeitou” os profissionais e a equipe gestora da unidade de ensino da Agrovila Massangano, que “lutam pela educação municipal” e tratam seus alunos “como filhos”. O presidente encerrou a sessão, após seu discurso, sem abrir espaço para nenhum dos colegas.