Em uma coletiva de imprensa muito aguardada, as lideranças políticas Marília Arraes (Solidariedade) e Márcia Conrado (PT) explicaram seu realinhamento, dois anos após as eleições de 2022, quando Márcia optou por Danilo Cabral no primeiro turno e Raquel Lyra no segundo.

Marília revelou que sua decisão tardia de candidatar-se, devido a problemas internos no PT, a levou a disputar pelo Solidariedade. Ela afirmou que a situação poderia ter sido diferente se tivesse abordado Márcia Conrado uma semana antes.

Márcia, por sua vez, justificou sua escolha anterior afirmando que havia um compromisso de Luciano Duque com o então governador Paulo Câmara em apoio a Danilo Cabral – um acordo que Duque posteriormente abandonou. Nem Márcia, nem Marília, comentaram sobre o apoio de Márcia a Raquel Lyra no segundo turno das eleições.

Durante a coletiva, a pré-candidata à reeleição em Serra Talhada (Sertão do Pajeú) destacou a desigualdade de gênero nas críticas políticas, afirmando que “se fosse um homem, seria vista como uma boa articuladora por unir diferentes grupos, mas, sendo mulher, precisa justificar suas decisões passadas”. Ela também apontou que o diálogo com Marília não aconteceu antes devido a compromissos pré-existentes e criticou a postura de vitimização em discursos políticos.

Repercussão

O principal impacto político dessa reaproximação é a declaração de apoio de Marília Arraes a Márcia Conrado em Serra Talhada. Esse movimento é significativo por dois motivos: primeiro, por Marília não apoiar Luciano Duque, que optou por se alinhar a Raquel Lyra, e segundo, por unir Marília e Raquel no mesmo palanque em Serra Talhada. Algo que Marília minimizou, dizendo que é uma situação que ocorrerá em outras cidades também. (Com iformações de Nill Júnior)