Balança comercial brasileira registra superávit de US$ 8,5 bi em maio

por Carlos Britto // 10 de junho de 2024 às 19:32

Foto: MAPA/divulgação

A balança comercial brasileira registrou um superavit de US$ 8,5 bilhões em maio de 2024, uma queda de 22,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o saldo positivo foi de US$ 11 bilhões. Este é o terceiro maior saldo para o mês de maio desde o início da série histórica em 1989, ficando atrás apenas dos resultados de 2023 e 2021.

No acumulado de 12 meses, o saldo comercial já ultrapassa US$ 100 bilhões, superando os US$ 98,8 bilhões registrados em 2023. Este novo recorde pode ser confirmado até o final do ano, dependendo do desempenho nos próximos meses. Até maio de 2024, o saldo acumulado é de US$ 35,9 bilhões, superior aos US$ 34,5 bilhões do mesmo período em 2023.

Em maio de 2024, as exportações somaram US$ 30,3 bilhões, uma queda de 7,1% em comparação com os US$ 32,7 bilhões de 2023. As importações, por sua vez, totalizaram US$ 21,8 bilhões, um crescimento de 0,5% em relação aos US$ 21,7 bilhões do ano anterior. A corrente de comércio teve uma queda de 4,1%. A redução nas exportações foi impulsionada tanto pela diminuição do volume quanto pelo preço dos itens exportados. Apesar da queda nos preços dos itens importados, o volume das importações aumentou, refletindo a contração dos preços internacionais e uma possível desaceleração econômica da China.

A indústria extrativa foi o único setor com crescimento em maio, com um aumento de 13,8% em valor. Em contrapartida, a indústria de transformação registrou uma queda de 9,2% no valor exportado, e a agropecuária teve uma queda de 18,5%, devido à redução de 15,7% nos preços internacionais das commodities e de 3,4% no volume exportado.

Chineses

A China permanece como o principal destino das exportações brasileiras, com 32,4% do total, embora o valor tenha caído de US$ 10,67 bilhões em 2023 para US$ 9,83 bilhões em 2024. Os Estados Unidos e a União Europeia apresentaram aumentos de 3,2% e 23,1%, respectivamente, enquanto a Argentina teve uma queda acentuada de 42,7%.

O aumento nas exportações de óleos brutos de petróleo, tanto em preço quanto em volume, tem sido um fator positivo para a balança comercial. Contudo, a dependência da China como principal destino das exportações continua a representar um risco significativo, especialmente em um cenário de desaceleração econômica chinesa. (Com informações do Diário/PE)

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