O vice-prefeito de Araripina (Sertão do Araripe), Evilásio Mateus (PDT), declarou, de vez, guerra política ao prefeito Raimundo Pimentel (UB) ao lançar sua pré-candidatura à prefeitura, em um ato que reuniu um grande número de pessoas, incluindo dois ex-prefeitos e sete vereadores. A convenção do PDT, que escolherá de fato o candidato do partido, promete ser acirrada. Evilásio foi preterido por Pimentel, que preferiu a ex-secretária de Educação, Ana Paula Ramos, sobrinha do ex-governador José Ramos, que é vista como uma estratégia para manter o controle político e o projeto administrativo do grupo, reforçando a influência do PDT no município.
Evilásio esteve por mais de 20 anos no grupo de Raimundo, mas a relação começou a estremecer depois que Pimentel, na última eleição, apoiou Marília Arraes (SD), enquanto Evilásio permaneceu apoiando Miguel Coelho (UB). No meio desse imbróglio, Pimentel rompeu com o Grupo Coelho e acabou ficando com Luciano Bivar (UB).
Evilásio, que sonhava com a indicação de Pimentel para ser seu candidato a sucessor, se sentiu traído quando Pimentel apoiou outro nome. Os vereadores se insurgiram e tentaram tomar o partido. Contudo, Pimentel afirmou que já recuperou o comando da legenda.
Evilásio afirmou que “vai bater chapa” na convenção, buscando garantir sua candidatura. A disputa interna pelo controle do PDT tem agitado os bastidores políticos da cidade. Evilásio teria o apoio de sete membros com direito a voto na instância municipal do partido, enquanto Pimentel teria seis votos. Os delegados do PDT decidirão o candidato do partido, e a expectativa é de uma votação apertada. Com a convenção se aproximando, a tensão entre os grupos de Evilásio e Pimentel deve aumentar. A batalha pela prefeitura será dura e conflituosa.
Perseguição política
A prefeita de Tabira (Sertão do Pajeú), Nicinha Melo (MDB), está sendo acusada de perseguição política após transferências controversas de servidores públicos, incluindo a técnica de enfermagem Vironeide Araujo de Souza e o digitador do Programa Nacional de Imunização, Jeverson José Madureira e Lima. As transferências, vistas como motivadas por questões políticas, refletem disputas locais e têm gerado críticas à prefeita, que já enfrentou acusações semelhantes durante o mandato de seu esposo.
Manteve a rejeição
A administração do prefeito Mário Flor, de Betânia, no Sertão do Moxotó, sofreu um revés significativo quando a Primeira Câmara do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) manteve a rejeição das contas de 2020. Durante a sessão de terça-feira (18), os embargos de declaração apresentados por Flor foram julgados e, apesar dos argumentos sobre omissões e contradições no parecer original, a decisão de rejeição foi mantida por unanimidade. Isso coloca o prefeito em uma posição política delicada, enquanto tenta justificar a decisão do TCE-PE à população de Betânia.