Polícia Civil e DPT suspendem operações na Bahia até 12 de agosto

por Carlos Britto // 21 de julho de 2024 às 12:04

Foto: Reprodução Jornal Correio

A Polícia Civil (PC) e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia decidiram suspender todas as operações policiais até o dia 12 de agosto. A decisão, tomada em assembleia realizada na última sexta-feira (19), envolve investigadores, escrivães, peritos técnicos, criminais, odonto-legais, médicos legistas e delegados em todo o Estado. A suspensão das atividades é uma resposta à lentidão do governo baiano nas negociações de reestruturação salarial dos servidores.

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc) afirma que a categoria recebe o 26º pior salário do país, com uma defasagem salarial de cerca de 10 anos. “O nosso atual salário não é condizente com a importância da nossa categoria e com a atividade de risco que exercemos todos os dias. Saímos de casa para trabalhar e não sabemos se iremos retornar”, destacou Eustácio Lopes, presidente do Sindpoc.

A assembleia foi organizada pelo movimento ‘Unidos pela Valorização dos Policiais Civis’, que inclui diversas associações e sindicatos, como o Sindicato dos Delegados de Polícia (Adpeb), Sindicato dos Peritos em Papiloscopia (Sindpep), Sindicato dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Associação dos Investigadores (Assipoc), Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto-legais (Sindmoba) e o Sindicato dos Peritos Criminais (Asbac).

Jorge Figueiredo, presidente do Sindicato dos Delegados, criticou as condições salariais: “Não adianta o Governo dar viaturas novas, uma Ferrari para o policial trabalhar, se depois ele vai para casa de ônibus. Conheço um escrivão que ganha R$ 1.300 líquido. Como é que o Estado quer que o servidor fique motivado para combater o crime organizado com esse salário?”. O DPT e a PC foram procurados para comentar a suspensão. O DPT afirmou que a paralisação não compromete diretamente o atendimento realizado pelo órgão, enquanto a PC informou que aguarda uma comunicação oficial do sindicato para se manifestar. (Fonte: Jornal Correio)

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