A equipe de segurança da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, falhou e cerca de 200 policiais civis conseguiram protestar, na manhã deste domingo (4), na convenção do PSDB de Caruaru (Agreste), que homologou a candidatura à reeleição do prefeito Rodrigo Pinheiro à prefeitura.

Este é o quarto protesto realizado pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) na agenda da governadora. O primeiro foi em Bezerros, o segundo em Taquaritinga do Norte e o terceiro na convenção que aprovou à candidatura de Izaias Régis para prefeitura de Garanhuns. O erro da Casa Militar levou Raquel e comitiva a entrarem pela porta dos fundos do local da convenção de Pinheiro.

O Sinpol-PE reivindica a revisão do ‘Juntos pela Segurança’, além da estruturação e valorização dos policiais civis. “A violência vem tomando conta de Pernambuco. A Polícia Civil está totalmente desestruturada em Caruaru e em todo Estado. Caruaru voltou a ser uma das cidades mais violentas da América Latina, a maior violenta do Interior (principalmente para mulheres). O mês de julho foi o mais violento do ano, com pelo menos 16 assassinatos. Até agora quase 80 homicídios na Capital do Agreste. Raquel Lyra abandonou Caruaru, que é a única cidade com dois Juntos pela Segurança, o municipal e estadual. Tá faltando humildade na governadora para revisar o Juntos pela Segurança, convidar para participar os outros poderes, as universidades, sociedade civil organizada, policiais civis e demais forças de segurança”, cobra Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol-PE.

Segundo o sindicato, as ações conjuntas na agenda da governadora continuarão durante o período eleitoral. “O povo pernambucano não aguenta mais a violência. Os policiais civis estão adoecendo. Além de receberem o pior salário do Brasil das polícias civis, as condições de trabalho são desumanas. A Delegacia da Mulher de Caruaru atende mais 11 cidades da Região e 90% das Delegacias da Mulher no Interior fecham à noite, finais de semana e feriado. Isso é um absurdo, o crime não tem hora pra acontecer. Vamos continuar reivindicando até a governadora cumprir o termo de compromisso que assinou com a categoria e revisar o Juntos pela Segurança”, completou Cisneiros.