No acirrado cenário político de Triunfo, no Sertão do Pajeú, o prefeito Luciano Bonfim, candidato à reeleição, acaba de enfrentar um novo adversário: a manipulação digital. Em tempos onde a política se mistura cada vez mais com a tecnologia, Bonfim se viu no centro de uma polêmica envolvendo o uso de deepfake, uma prática que escancara os novos desafios das campanhas eleitorais. O episódio evidencia não apenas a criatividade, mas também a baixaria que pode permear o jogo político local.
O vídeo, que circulou em uma conhecida rede social de vídeos curtos, mostrava uma montagem de Bonfim em uma situação vexatória, atacando diretamente sua imagem e dignidade. Mas, ao contrário do que alguns poderiam esperar, o prefeito não se intimidou.
Moveu rapidamente uma ação judicial contra a autora do conteúdo e a plataforma, e celebrou a liminar que obrigou a retirada do material. Novas postagens semelhantes também foram proibidas. “Estamos prontos para enfrentar ataques infundados e desonestos”, declarou Bonfim, sinalizando que na selva política de Triunfo, ele está preparado para o embate.
O episódio marca o início de uma campanha que promete ser intensa, com a tecnologia sendo usada tanto como ferramenta quanto como arma. A decisão judicial, além de proteger a honra de Bonfim, estabelece um precedente importante sobre os limites da liberdade de expressão na política local.
Xadrez político
Em Arcoverde, no Sertão do Moxotó, a política segue em ritmo de xadrez, com jogadas que surpreendem até os mais experientes. No centro da questão está o MDB local, partido que oficialmente apoia Madalena Britto (PSB) para a prefeitura, mas vê todos os seus candidatos a vereador declararem apoio a Zeca Cavalcanti (Podemos). Enquanto o prefeito Wellington Maciel, filiado ao MDB, adota um discurso de neutralidade e transição tranquila, nos bastidores sua habilidade em garantir o apoio dos candidatos parece ter dado um fôlego extra à campanha de Zeca. Se vai dar vermelho de Madalena ou amarelo de Zeca, só as urnas dirão.
Elegibilidade em xeque
A recente divulgação do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) colocou o prefeito de Parnamirim (Sertão Central), Nininho, em uma situação delicada, ao incluí-lo na lista de pré-candidatos com contas rejeitadas. Esta situação levanta sérias questões sobre sua gestão e pode impactar diretamente sua elegibilidade nas próximas eleições municipais. Com o TCE-PE identificando irregularidades significativas, a decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será crucial não apenas para a candidatura de Nininho, mas para o futuro político de Parnamirim. O cenário agora é de incerteza e debate intenso sobre a integridade na administração pública, algo que os eleitores terão que considerar com atenção.
