Nova Lei do Combustível do Futuro abre oportunidades para agricultura familiar da BA

por Carlos Britto // 10 de outubro de 2024 às 09:31

Foto: Ascom CAR/divulgação

Com a sanção da Lei do Combustível do Futuro realizada pelo presidente Lula ontem (8), a agricultura familiar da Bahia ganha um novo impulso, especialmente na produção de oleaginosas. A Cooperativa Mista de Produção, Aquisição e Serviço do Estado da Bahia (Coopersertão), localizada em Irecê (Norte do Estado), já vislumbra os benefícios que essa nova legislação pode trazer.

A região de Irecê, onde atua a cooperativa, é a maior produtora de mamona do Brasil, uma das principais oleaginosas agora integradas à formulação dos biocombustíveis. De acordo com o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Jeandro Ribeiro, a nova lei representa uma oportunidade para a agricultura familiar, ao ampliar a participação de diversas oleaginosas, como a mamona, no setor de biocombustíveis.

A Bahia é o maior produtor de mamona no contexto nacional. A sanção dessa lei permite que oleaginosas como a mamona sejam usadas na formulação de biocombustíveis, ou que sejam beneficiadas diretamente pelos agricultores familiares organizados em cooperativas”, destaca Jeandro. Ele também menciona o impacto positivo na aviação brasileira, já que o óleo de mamona poderá ser utilizado na produção de bioquerosene.

A Coopersertão expandiu a produção de mamona com o apoio da CAR, que viabilizou a construção de uma Unidade Básica de Semente (UBS), galpão de armazenamento na UBS, estrutura de escritório e campo de semente irrigada, além da aquisição de máquinas, kits de insumos e acompanhamento técnico. Segundo o presidente da Coopsertão, Marcelo Nascimento, a cooperativa teve contratos firmados com grandes empresas nacionais e internacionais, na safra 2023/2024, como Empresas Petrobras Biocombustíveis, Oleoplan, Binatural, Sereal, Fugas, Caramuru.

Produção

A Bahia, que representa 92% da produção nacional de mamona, espera um aumento de 40% na produtividade de 2024, resultado de investimentos em pesquisas, novas tecnologias e capacitação dos agricultores, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A Lei do Combustível do Futuro também reforça essa perspectiva, abrindo novos mercados para os produtos da agricultura familiar baiana. De acordo com Jeandro, o governo estadual já se comprometeu a alinhar ações para aproveitar as oportunidades criadas pela nova legislação.

Além do foco em oleaginosas como a mamona, a nova lei abre portas para outros setores da agricultura familiar, incluindo a produção de dendê e milho, que poderão integrar o contexto do biocombustível social, conforme a portaria assinada em junho pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

A Lei do Combustível do Futuro inclui iniciativas inovadoras, como o Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV), o Programa Nacional do Bioquerosene de Aviação (ProBioQAV), o Programa de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e Incentivo ao Biometano, e a criação do marco legal para a captura e estocagem geológica de dióxido de carbono (CCS). Essas medidas visam reduzir as emissões de carbono e fortalecer a sustentabilidade no setor energético, alinhando o Brasil às metas globais de descarbonização. Com o cenário positivo, agricultores familiares e cooperativas da Bahia estão prontos para se engajar no futuro da bioenergia. As informações são da CAR.

Nova Lei do Combustível do Futuro abre oportunidades para agricultura familiar da BA

  1. Otavio disse:

    São muitas as mentiras com relação ao CARBONO. O carbono não faz mal ao meio ambiente. O Governo deveria se preocupar era em produzir combustíveis com refino que emitisse menores quantidades de enxofre que em contato com o ar geram o ácido sulfúrico que irritam os olhos e a respiração. Eu Presidente primeira coisa que faria seria extinguir o Ministério do Meio Ambiente. Isso é uma falácia.

  2. Otavio disse:

    Os dendezeiros da AMAZONIA cujos são nativos, muito melhor do que o óleo de madona, não são explorados, enfatizamos, são nativos, e só explorar. E o mesmo que se desafinar a água do mar para levar para o semiarido, NAO PRECISA, basta saber se aproveitar o que chove todos os anos, são mais de 200 bilhões de metros cúbicos de água por ano.

  3. Otavio disse:

    Dessalinizar

  4. Sempre Atento disse:

    Acho que já vi esse projeto no passado com óleo de mamona,não foi para frente,foi bom para nego encher os bolsos.

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