Em agenda a Petrolina nesta quarta-feira (13), os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) fizeram questão de tranquilizar os trabalhadores da fruticultura irrigada – conhecidos como safristas – em relação ao Programa Bolsa Família.
Na cerimônia de assinatura do setor da fruticultura ao Termo de Adesão ao Pacto Nacional do Trabalho Decente, na manhã de hoje, na sede da 3ª Superintendência Regional da Codevasf, eles asseguraram que os safristas não perderão seus benefícios, se assinarem suas carteiras de trabalho. A polêmica tomou grande proporção no principal polo do Vale do São Francisco em virtude dos produtores se queixarem da falta de mão de obra especializada nas fazendas para a colheita de frutas.
O fato teria relação com a decisão dos safristas em se recusarem a assinar suas carteiras, sob o risco de serem excluídos do programa – que paga, no mínimo, o valor mensal de R$ 600,00. “Na última atualização do Bolsa Família nós fizemos essa transição, de forma que a renda per capita de cada membro da família acima de R$ 706,00 é que ele deixa (o Bolsa Família), mas não sai imediatamente. Ou seja, uma vez que ele esteja no Bolsa Família, ele permanece no cadastro. Mesmo que eventualmente ele passe a ter uma renda que ultrapasse, ele permanece até criar uma condição de sustentabilidade decente para sua família. Ou seja, é um colchão de proteção social”, pontuou Carlos Fávaro.
Modernização
Para Luiz Marinho, o Pacto Nacional do Trabalho Decente representa uma evolução importante na relação ‘Capital x Trabalho’, reforçando o compromisso do Governo Lula com o desenvolvimento econômico e a inclusão social para diminuir as desigualdades. “Este Pacto significa uma modernização dessa relação, onde os programas sociais, os direitos dos trabalhadores estão mantidos, mas há a possibilidade de incrementar a renda nessa região tão importante e em franca expansão”, ponderou.
Marinho revelou que, nessa terceira gestão de Lula, o governo federal abriu 274 novos mercados para produtos da agropecuária brasileira – entre eles a fruticultura. “Por isso, a gente precisa expandir a fruticultura e de mão de obra. Então, é um processo que vem complementar essas oportunidades e um passo que vai ser exemplo para todas as outras cadeias produtivas no Brasil”, afirmou. O ministro garantiu que a atual safra na região já será coberta pelo arcabouço do Pacto assinado hoje. O prefeito de Petrolina, Simão Durando, e o secretário de Agricultura da Bahia, Wallison, além do presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, eram algumas das autoridades presentes ao evento.