G20: Agricultura familiar é um dos pontos centrais de documento entregue a Lula

por Carlos Britto // 17 de novembro de 2024 às 09:30

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ontem (16) o documento resultante das deliberações do G20 Social, um processo de construção participativa que envolveu movimentos sociais, organizações da sociedade civil e grupos de engajamento durante todo o ano. O encontro foi um marco histórico, pois pela primeira vez a sociedade civil teve um papel central na formulação de propostas que serão apresentadas aos líderes do G20.

O documento entregue ao presidente Lula aborda três eixos temáticos essenciais para o futuro das políticas globais: combate à fome, à pobreza e à desigualdade; sustentabilidade, mudanças climáticas e transição justa; e a reforma da governança global.

Esses temas foram discutidos em um processo coletivo que envolveu organizações de diversas partes do mundo, incluindo movimentos sociais, comunidades tradicionais, povos indígenas, agricultores familiares e representantes de outros grupos que defendem a justiça social, a soberania alimentar e a proteção ambiental.

Agricultura familiar

A agricultura familiar está presente nos pontos centrais do documento, especialmente no combate à fome e às emergências climáticas. A agricultura familiar, agroecológica e baseada no conhecimento tradicional foi destacada como essencial para garantir a soberania alimentar e a sustentabilidade ambiental. O documento produzido pelos representantes do setor afirma que a agricultura familiar, camponesa, os povos indígenas e a agricultura agroecológica de base comunitária são a espinha dorsal da soberania alimentar, da biodiversidade e da sustentabilidade ambiental.

A proposta é que esse grupo, responsável por mais de 80% da produção mundial de alimentos, desempenhe um papel central na construção de um sistema alimentar mais justo e sustentável. O documento destaca a necessidade urgente de uma mudança no sistema alimentar global e na estrutura de produção capitalista, além do reconhecimento e implementação dos direitos humanos por parte dos governos.

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