Os recentes ataques envolvendo cães em Petrolina e outras cidades, como o ocorrido em São Paulo, onde crianças foram atacadas por um pitbull, levantam questões sobre o comportamento desses animais. Segundo Antônio André, adestrador mais experiente do Vale do São Francisco, com atuação desde 1982, o comportamento agressivo de cães não está relacionado à raça, mas sim à forma como são criados e treinados.
“Cães como pitbulls ou rottweilers não são naturalmente agressivos. O problema está na criação. Quando o dono não socializa o animal, não o leva para passear e deixa-o muito tempo preso, isso pode gerar frustração e agressividade”, explica Antônio.
Agressividade pode ser revertida
Mesmo aqueles que já apresentam comportamentos agressivos podem ser ajustados, segundo o especialista. “É possível mudar, desde que o dono invista em disciplina e liderança, além de proporcionar passeios regulares. Isso gasta a energia física e mental do cão, tornando-o mais calmo”, destaca.
Educação e comportamento
Antônio também alerta para a importância do treinamento comportamental, que vai além da obediência básica: “Trabalhamos para que o cão aprenda a fazer as necessidades no local certo e pare de destruir objetos dentro de casa. Isso melhora a convivência com a família”.
O que evitar
O adestrador afirma que o excesso de mimos pode ser prejudicial. “Muitos donos colocam o afeto acima da disciplina, e o cachorro acaba achando que é o líder da casa. É importante estabelecer limites”, orienta.
Prevenção é o melhor caminho
Para evitar ataques e garantir uma convivência saudável, Antônio recomenda socializar os cães desde filhotes, expô-los a diferentes ambientes e pessoas e, principalmente, nunca negligenciar a necessidade de passeios diários.
Interessados em adestrar seus cães podem entrar em contato com Antônio André pelo número (87) 9 8826-3930.