Dona Graça (PSDB), primeira mulher eleita e reeleita prefeita de Catende (Mata Sul), está no centro de uma controvérsia eleitoral que pode trazer desdobramentos críticos para sua base de apoio.
O partido Avante registrou um aumento expressivo de transferências de moradores eleitorais no município, questionando a discrepância entre o número da população registrada e a local. A diferença de apenas 14 votos na disputa eleitoral aumentou a sensibilidade do caso, que já está sob análise da Justiça Eleitoral.
A Federação PSDB/Cidadania, que dá sustentação política à gestão de Dona Graça, tentou barrar a purificação movida pelo Avante, mesmo sem ser parte direta no processo. A legenda pediu o indeferimento da ação na 43ª Zona Eleitoral e recorreu ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), após derrota no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE).
Para os advogados do Avante, o comportamento reforça suspeitas sobre possíveis irregularidades no crescimento do eleitorado em Catende. O cenário coloca pressão sobre Dona Graça e sua equipe, que precisam responder aos questionamentos sobre as transferências e garantir a legitimidade do processo eleitoral.
A investigação, aprovada pelo juiz eleitoral Paulo Ricardo Cassaro dos Santos, agora busca informações como endereços e registros no sistema eleitoral, em um movimento que pode revelar implicações profundas para a administração e o futuro político da cidade.
Símbolos municipais
O curto prazo para inscrições no concurso de criação do hino e brasão de Terra Nova (Sertão) gerou críticas direcionadas à gestão da prefeita Aline Freire (Avante). Com apenas cinco dias estipulados no edital, os artistas locais apontam dificuldades para elaborar propostas à altura da relevância histórica e cultural dos símbolos municipais. As queixas incluem rumores sobre um possível favorecimento no processo. Agora, cabe à prefeitura avaliar se mantém o cronograma ou optar por ampliar o prazo, garantindo maior participação e legitimidade à iniciativa.
Desafios na Zona da Mata
A audiência pública promovida pela Alepe em Rio Formoso expôs o abandono histórico da Zona da Mata e reforçou a necessidade de ações coordenadas entre os governos estaduais e municipais. Entre propostas como a reativação de projetos do ProRural e o diálogo com o governo federal, o evento destacou o papel central das prefeituras em iniciativas lideradas que enfrentam o desemprego e o fechamento de usinas, problemas que afetam diretamente a população. Com cobranças direcionadas, a gestão municipal precisa sair do discurso e apresentar políticas concretas que impulsionem o desenvolvimento sustentável e combatam as desigualdades regionais.