Durante entrevista à Rádio Folha, Miguel Coelho destacou o impacto da abertura do mercado chinês para as uvas produzidas no Vale do São Francisco. O ex-prefeito de Petrolina ressaltou o potencial gigantesco do país asiático, especialmente sua classe média, que consome produtos importados e representa cerca de 150 milhões de pessoas – quase o equivalente à população do Brasil.
“Imagine o mercado e a janela de oportunidade que o Brasil agora tem para exportar uma fruta de alto valor agregado como a uva. Isso significa mais recursos, mais empregos e mais investimentos, não só para Bahia e Pernambuco, mas para todo o Brasil”, afirmou Miguel, enfatizando a geração de empregos como um dos principais benefícios do acordo.
Além de elogiar a conquista, Miguel alertou para os desafios no comércio internacional, como as barreiras tarifárias impostas pela União Europeia. Ele citou a tributação de até 15% sobre as uvas brasileiras, que prejudica a competitividade em relação a países como Chile, Argentina e Itália. “Isso é ridículo, é uma barreira comercial que o Brasil, com a força que tem, não pode aceitar”, disse.