Após a Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre o Tocantins e o Maranhão desabar no último domingo (22), um estudo foi levantado para avaliar a situação dessas estruturas em todo o Brasil. A Folha de São Paulo fez um levantamento sobre a estrutura das pontes federais administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) até maio de 2023, identificando que, Pernambuco está em quarta posição das pontes em situação crítica, com 13 estruturas avariadas.
A divisão segue a lógica de classificações do Dnit, que considera:
Categoria 1: crítico
Categoria 2: ruim
Categoria 3: regular
Categoria 4: bom
Categoria 5: ótimo
Pernambuco fica atrás de Minas Gerais, que não é do Nordeste, Bahia e Ceará, quando se trata da categoria 1.
O levantamento da Folha aponta que Pernambuco é um dos Estados com maior número de pontes federais nas categorias “ruim” e “crítico”, com 73 estruturas nessas classificações. O primeiro lugar vai para o Ceará, que tem 93 pontes em mesmo Estado. Com a soma de ruim e crítico, o Estado fica na terceira posição.
Essas indicações ruins apontam problemas na estrutura ou função dessas pontes, o que pode gerar falhas graves, como o desabamento que ocorreu no domingo.
Após a tragédia, o DNIT se comprometeu a revisar as inspeções nas pontes federais de sua responsabilidade. O Ministério dos Transportes também anunciou que iniciou uma sindicância para entender a causa do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek.
Veja os cinco Estados com maior número de pontes em situação críticas:
Minas Gerais: 22 pontes
Bahia: 18 pontes
Ceará: 16 pontes
Pernambuco: 13 pontes
Paraíba: 10 pontes
Veja os dez Estados com maior número de pontes em situação ruim:
Ceará: 77 pontes
Pernambuco: 60 pontes
Minas Gerais: 59 pontes
Pará: 56 pontes
Rio Grande do Sul: 51 pontes
Bahia: 50 pontes
Paraíba 50 pontes
Piauí: 29 pontes
Rio Grande do Norte: 27 pontes
Maranhão: 24 pontes