A frequência de denúncias de violência policial contra pessoas negras, encaminhadas ao Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir) de Juazeiro (BA), a partir do Carnaval deste ano, levou a entidade a promover uma audiência pública sobre a abordagem policial na cidade. O debate foi articulado entre a entidade e a Comissão Estadual de Direitos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O evento acontecerá nesta sexta-feira (5), a partir das 9h, no auditório da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
A mesa deverá ser formada por deputados da Comissão de DH, além de representantes da prefeitura, dos conselhos municipais, dos órgãos judiciais, estaduais e de segurança do município e do Estado da Bahia. O reitor da Uneb, José Bites de Carvalho, e os diretores da instituição em Juazeiro também deverão participar do evento.
Na ocasião o Compir encaminhará ao prefeito Paulo Bomfim, um pedido para a criação do serviço jurídico SOS Racismo. Esse atendimento, por telefone, deverá ser gratuito e feito por profissionais especializados, como advogados e estagiários de Direito. Nesse sentido, o esboço do projeto prevê uma parceria entre a prefeitura e o curso do Direito da Uneb específica para esse serviço, além da realização de uma formação básica em temas como direitos humanos, racismo e política de Segurança Pública.
Nos EUA, que tanto reclamam como aqui das tais “abordagens policiais aos coitadinhos negros” um estudo revelou que os 13 % da população negra é responsável por 55 % dos crimes violentos. Porque essa dificuldade em reconhecer o ímpeto violento de tal etnia e deixarem de se vitimar e começar a agir de forma civilizada?
Outra coisa: Se o policial for negro é racismo também?