Produtores de acerola de Petrolina, no Vale do São Francisco, estão descontentes. A safra até se desenvolveu bem, mas a queda no preço tem tirado o sono de muita gente.

Pés carregados e frutos em ponto de colheita. Mas o preço baixo tem desanimado os produtores do sertão pernambucano. Esse é o caso do agricultor Genildo da Cruz que cultiva três hectares de acerola. “Nós hoje produzimos em torno de 30 a 35 toneladas por hectare de acerola por ano, mas o nosso preço está defasado”, calculou.

Hoje, a caixa com 20 quilos da fruta madura está sendo comercializada por R$ 9. No ano passado, chegou a valer R$ 16. Para Jorge Mariano, presidente da Cooperativa dos Produtores de Acerola, a baixa no preço é comum nesta época em que a produção está em alta, mas foi agravada pela crise econômica.

“A metade das empresas ainda está com 60% da cota de polpa estocada. Por isso, não tem como absorver a quantidade de acerola produzida, que é muito alta, não só na região do Vale, mas em todo o Brasil”, explicou Mariano.

Mas tem produtor se virando para driblar os problemas do mercado. A pressa agora é para colher a acerola ainda verde, vendida por R$ 30 a caixa.

A acerola verde tem maior valor comercial por concentrar duas vezes mais vitamina C em relação à madura e é empregada na produção de um pó rico em vitamina, utilizado no setor alimentício e na produção de cosméticos e medicamentos.

O agricultor Paulo dos Santos, produtor há 15 anos, está aproveitando a boa oportunidade com a acerola verde.

O Vale do São Francisco é o maior produtor de acerola do país.

As informações são do Globo Rural