A Secretaria de Cultura de Pernambuco iniciará nesta segunda-feira (16), às 8h, o processo de tombamento do acervo particular do ex-governador Miguel Arraes. A cerimônia que oficializa o processo contará com as presenças do governador Eduardo Campos, dos secretários Marcelo Canuto (Cultura) e Tadeu Alencar (Casa Civil), entre outras autoridades e familiares. A solenidade ocorrerá no Instituto Miguel Arraes, na Rua do Chacon, Poça da Panela, onde o ex-governador residia.
Com 270 mil itens, entre livros, cartas, discursos, recortes de jornais, fotografias do acervo particular, imagens em VHS, DVD’s, projetos, teses e monografias, o acervo começou a ser formado a partir da década de 1930. Nessa época Arraes ingressou no serviço público e passou a arquivar uma infinidade de documentos, entre eles 3,5 mil cartas recebidas e enviadas a familiares, líderes políticos, religiosos e intelectuais, a exemplo de Luís Carlos Prestes, Fidel Castro, João Goulart e o Papa João Paulo VI, Caetano Veloso, Geraldo Vandré e Carlos Drummond de Andrade. Todas foram escritas durante o exílio, que perdurou por 14 anos, entre 1965 e 1979.
Do período em que passou exilado na Argélia e na França, o acervo conta com aproximadamente 86 mil itens guardados durante anos em Paris e repatriado há dez anos. Esses documentos são inéditos e contêm detalhes históricos de um período pouco documentado, incluindo pontos de vista dos perseguidos pelo Regime Militar.
O Instituto Miguel Arraes foi criado logo após a morte do ex-governador, em 13 de agosto de 2005, pela viúva do ex-governador, Magdalena Arraes, familiares e colaboradores. A partir do início do processo de tombamento todo o acervo passa a ter garantida sua preservação. Hoje, boa parte dos documentos encontra-se em processo de digitalização, o que assegurará a preservação. (Fonte/foto: SEI-PE)
N a minha visão ex Governador de Pernambuco Miguel Arraes merece ser referendado, pios percebia no socialismo não só uma forma de organização de Estado, mas uma maneira de ser.