Desde a deflagração do movimento grevista, na noite da última segunda-feira (14), o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) vem monitorando o movimento em todo o Estado. De acordo com o presidente da entidade, Rafael Cavalcanti, a adesão é de 90% de todas as delegacias e institutos do Estado. “Ou seja, 90% da categoria estão comprometidos com a greve“, destacou.
Os policiais civis de Pernambuco rejeitaram por unanimidade, após a realização de uma assembleia, a proposta de 20% oferecida pelo governo. Desde então, todas as atividades da Polícia Civil, do Litoral ao Sertão do Estado estão paralisadas, sem previsão de retorno – apesar da multa diária de R$ 300 mil estipulada pela justiça.
A categoria está sem aumento desde 2019 reajustado pela inflação, ou seja, quatro anos sem reajuste real. “O Estado oferece um aumento de 20%, e com o pagamento só para julho. Vale lembrar que o que nos oferecem não cobre nem a inflação dos últimos três anos, que dirá a inflação que vem agora de 2022, que já tem uma projeção de 6% a 7%. O que nós pedimos é o que seja igual ao que foi dado aos professores, 35%. Após sete meses tentando negociar, dialogar e buscar uma saída que a categoria se sinta valorizada, chegamos ao nosso limite. Quem nos empurrou para essa greve foi o Governo do Estado“, ressaltou Rafael.
Os policiais continuam pedindo também melhores condições de trabalho, com equipamentos públicos sucateados. Segundo o Sinpol-PE, é uma das piores estruturas do país, com o mesmo valor investido de 11 anos atrás, sendo o 22° Estado que menos investe em segurança pública e a categoria de base tendo um dos piores salários do país.