Aero Cruz volta a atacar “palanque político” da oposição na Casa Plínio Amorim e critica suposta manobra de Valgueiro sobre requerimento

por Carlos Britto // 25 de setembro de 2019 às 06:20

Crédito: Jean Brito/CMP divulgação

O líder governista na Casa Plínio Amorim, vereador Aero Cruz (PSB), manteve a máxima de orientar sua bancada a barrar propostas da oposição consideradas por ele “de cunho eleitoreiro”. Foi assim, mais uma vez, na sessão plenária de ontem (24), em relação a dois requerimentos derrubados pela maioria. Um deles (297/19) foi o mais polêmico. Assinado pelo líder da bancada, Paulo Valgueiro (MDB), e seu colega Gabriel Menezes (PSL), o requerimento pedia informações  relacionadas a empresas prestadoras de serviços à Prefeitura de Petrolina.

Essas empresas supostamente teriam se beneficiado, de forma ilegal, de recursos dos cofres municipais como contrapartida de pagamento de empréstimos feitos pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e o deputado federal Fernando Filho (DEM). Ambos são alvos de uma operação da Polícia Federal (PF), autorizada semana passada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, no Senado.

Sobre essa investigação, Aero saiu em defesa de FBC e do filho, reforçando que a verdade prevalecerá. Ele também argumentou que o prefeito Miguel Coelho (sem partido), segundo seus advogados, em nenhum momento é citado num áudio descoberto pela PF. Voltando-se ao requerimento de ontem, Aero afirmou que Valgueiro deveria olhar para os inúmeros processos enfrentados pelo ex-prefeito Julio Lossio (PSD), o qual tem como advogados o próprio Valgueiro e a irmã do vereador.

O governista citou, como exemplo, supostas irregularidades no Governo Lossio referentes ao Instituto de Gestão Previdenciária (Igeprev), ao São João de Petrolina e ao Nova Semente – este último investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). Aero ainda levantou suspeitas contra Valgueiro quando este comandou a AMMPLA, à época ainda da antiga EPTTC, também quando fazia parte da gestão passada. Aero disse não ter dúvida que essa postura da oposição é estratégica para tentar desgastar o atual governo municipal. “O vereador chega aqui (na Câmara) com um requerimento desses, fazendo discurso político e jogando para a plateia. A cada obra que a gente entrega eles vêm fazer palanque político”, desabafou.

Suposta “má fé”

O líder da base considerou desnecessário o requerimento porque Valgueiro poderia, antes de solicitar tais informações da Casa, ter acessado o Portal da Transparência do município. “Todas as empresas relacionadas nessa ação da Polícia Federal são as mesmas que estão no Portal da Transparência, se elas prestaram serviço à nossa cidade. Checando o Portal da Transparência e a relação da Polícia Federal, ele vai saber se elas prestam serviço ou não”, pontuou. Aero pôs mais lenha na fogueira ao afirmar que o líder da oposição teria agido de má fé, ao incluir o nome do seu colega de partido e de bancada, Elismar Gonçalves (MDB), no requerimento. O detalhe é que Elismar, por motivos pessoais, ausentou-se da sessão de ontem. “Perguntem a Paulo Valgueiro se Elismar assinou o requerimento”, declarou.

Outro integrante da oposição, o Professor Gilmar Santos (PT) também não foi poupado das críticas de Aero. O petista havia solicitado, também por requerimento (295/19), a realização de audiência pública para debater questões referentes à regularização fundiária. “Já estamos entregando mais de 5 mil títulos, e agora é que o vereador vem fazer esse requerimento? Já estivemos em 11 bairros da cidade. E quando ele falar que, quem vota contra o requerimento está votando contra a habitação, nós estamos votando é contra o palanque político. Se fosse dessa forma, o vereador não votou a favor da saúde, da pavimentação, porque ele votou contra”, finalizou. O Blog trouxe os posicionamentos de Valgueiro e do Professor Gilmar, que serão postados pelas próximas horas.

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