Depois de realizar mais uma paralisação de advertência de 24 horas, nesta quinta-feira (14), os servidores da educação de Afrânio, no Sertão do São Francisco, preparam-se para ir à Câmara Municipal na próxima terça (19) para pressionar o Legislativo pela aprovação de um projeto de lei que assegura melhorias para a categoria.
Em nota enviada ao Blog, os servidores explicaram que as mobilizações acontecem porque o governo não estaria cumprindo acordos estabelecidos com a categoria.
Ainda segundo os profissionais, o projeto de lei já foi encaminhado à câmara, mas não foi liberada a cópia para que os trabalhadores pudessem analisá-lo Ainda em nota, os servidores informam que, caso o projeto não esteja de acordo com a lei 11.738/2008, a categoria tomará novas decisões e não descarta uma possível greve por tempo indeterminado.
Entre outras reivindicações, a categoria quer o repasse do piso salarial dos professores com o índice de 13,01% para todos os docentes.
É preciso senso por parte da Gestão do município. É preciso coragem por parte da Câmara de Vereadores na defesa desses profissionais que ora reivindicam aquilo que está na lei, o seu cumprimento. Mas não, promessas são feitas e não cumpridas. Vereadores se opõe, se omitem, calam-se como se não fossem culpados pelo caos instaurado.
O pior ainda é que muitos professores também se omitem. Nesses dias tenho ouvido relatos de vários professores se acovardando por medo de perseguições futuras, por medo de perder um cargo comissionado ou uma gratificação. Chegam, assim fui informado, a pedir desligamento do Sindicato. Isso é trágico.
Para calar de vez a boca de todos. Para sanar o senso inexistente e mostrar o quanto a gestão está preocupada com seu quadro de professores, está sendo veiculado nos blogs da região uma programação festeja de para se comemorar os 51 anos de emancipação política. Nessa programação podemos observar famosos e populares como Wesley Safadão/Garota Safada e Amado Batista.
E o município não está endividado?
É trágico? Claro que não. É pão e circo.
Nati
concordo com você Enos André, em gênero numero e grau, está ocorrendo um verdadeiro descaso com a classe e infelizmente a própria classe não se unem pela luta de um bem comum, mas acredito que tal como um beija flor que com gotinhas de água tentou apagar um incêndio e quando os demais o ironizaram, respondemos “nós que estamos na luta estamos fazendo a nossa parte”. E assim é feita a educação do município ate então cada um fazia a sua parte em sala de aula individualmente, mas agora que o sangue ferveu e a vontade de lutar cresceu, pouco a pouco a união se estabeleceu e a cada dia novos adeptos chegam ao grupo….
Como é triste saber que para ter a concessão de um benefício determinado por lei, ainda é necessário paralizações ou greve por tempo indeterminado. Porém mais triste ainda é ficar sabendo que esses professores podem ser penalizados com descontos em folha de pagamento ou mudança de função pelo simples fato de estarem lutando pelos seus direitos, o que é isso a ditadura voltou e eu não fiquei sabendo ?
Isso é vergonhoso para os governantes do município de Afrânio.
Parabenizo aos professores e demais servidores da educação que criaram coragem e foram as ruas lutar por um direito que de vocês.
É verdade sim!. Muitos que ocuparam cargos foram desfiliaram-se do nosso sindicato, mas ainda tem aqueles fortes e resistentes que estão em cargos mas não esqueceram que são professores e ainda permanecem filiados. O pior que esse Projeto vai ser devolvido pq faltou a parte mais importante que é a tabela onde mostra o valor por Classe e Nível respeitando o antigo Plano de Cargos de Carreiras (PCC) de 1998. Lá a lei é clara. Ou seja. Mais um mês se passa e a palavra não é cumprida como foi acordada no Gabinete da Prefeita pelo Secretário de Governo perante a todos os profissionais presentes na nossa parada do dia 06 de maio. Vamos ver que dia vão resolver esse problema. Estamos fortes e vamos seguir firmes.
Estamos lutando por nossos direitos, marcando assim a história de Afranio, e a Gestora ou melhor, o Gestor do município não pense que vamos desistir com ameaças, descontos ou por qualquer coisa desse tipo.