A decisão da Air France de informar aos seus pilotos que determinou a substituição de todos os sensores de velocidade dos Airbus de sua frota – revelada pela imprensa francesa no fim da tarde de sexta-feira – é uma evidência da importância desse pequeno e antigo equipamento de medição, inventado no século 18, no esclarecimento da queda do AF447.
E mais, da suposta responsabilidade da companhia na sequência de eventos que culminou com o desaparecimento de um jato com apenas 18 mil horas de voo. Segundo comunicado obtido pela agência Bloomberg, em Paris, há um ano o fabricante do sensor, a Thales – empresa francesa – havia emitido um aviso aos clientes Airbus que utilizam o modelo com uma recomendação (facultativa) para que o substituíssem por uma versão com maior aquecimento e, portanto, menos sensível ao congelamento.
O sensor, comumente chamado de tubo de Pitot, transmite ao computador a leitura da velocidade na qual o jato se encontra. No A330 são três, e todos teriam congelado quando o jato passou pela tormenta na Zona de Convergência Intertropical no domingo, em cujo a sucção vertical de água do mar gerou correntes verticais de 100 km/h e temperaturas de 40ºC negativos, com formação de gelo.
Assim, o computador de bordo teria recebido leituras diferentes das reais – registradas pelo sistema automático de envio de dados ACARS e sendo induzido a medidas de aceleração ou redução de potência comprometeram a navegação no momento mais crítico da passagem em uma área de forte turbulência, quando a aceleração é uma peça chave.
De acordo com analistas europeus, o sistema em uso atual é conhecido por apresentar problemas em ocorrências dessa natureza.
O Blogueiro deve ter Ações da AirBus, pois continua falando do acidente, mas ilustra com fotos de aparelhos construídos por empresas concorrentes. Semana passada um Jumbo da Boeing foi a vítima, agora um Fokker 100.
Daqui a pouco ele derruba um.