Alunos do Instituto Federal Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE)/Campus Zona Rural de Petrolina não estão nada satisfeitos com as medidas que vêm sendo adotadas pela instituição no tocante ao calendário letivo. A indignação da comunidade estudantil é demonstrada principalmente porque, com a adesão às constantes greves, todo o calendário de aulas ficou comprometido.
Eles dizem que, como as duas últimas semanas foram as que mais duraram – em torno de três meses cada – ficou tudo muito “bagunçado”, e salientaram isso em informe encaminhado ao Blog. “Sabemos que os servidores públicos têm esse direito previsto em lei. O grande problema é o retorno às aulas e a construção do calendário letivo, que se torna uma bagunça”, reclamam.
De acordo os alunos, com o novo calendário proposto pelo IF Sertão-PE Zona Rural, serão agora dois semestres ‘quebrados’. O de 2017.1, que começou no dia 31 de maio, ou seja, quase no fim do primeiro semestre do ano, já deve parar no fim de junho (exigência dos docentes que solicitaram férias). Mas a bronca dos alunos é que esse calendário alterado só será cumprido no Campus Zona Rural, porque no Campus Sede, em Petrolina, não haverá paralisação dos professores no meio do ano.
Os estudantes reclamam que o calendário letivo vem sendo construído sem a opinião deles, que estão sendo os mais prejudicados. Os alunos solicitam que, em vez de férias, os professores adiantem o semestre, já tão atrasado pelas greves. Outra queixa é que, para ajustar os dias sem aulas pelas paralisações, foi criado um instrumento batizado de ‘sábado letivo’, ruim para os estudantes, pois o campus é de difícil acesso e não existe transporte regular para os alunos.
Abandono
Desistiram do sábado letivo e foi criado o ‘sábado interativo’, conforme comentários na escola, contam. Os professores irão passar projetos e os alunos irão executá-los aos sábados, com tempo determinado para enviar aos professores e apresentar ainda no final do semestre. Mais uma revolta para os alunos que reforçam estarem sendo prejudicados por conta de greves, que não teve retorno positivo nem para a instituição e muito menos para eles, que só se desestimulam e fazem com que muitos abandonem os cursos. Os alunos não aceitam mais “tanto desmando dos servidores” e querem ter maior participação nas decisões que afetam diretamente a vida deles dentro dos cursos que escolheram, acreditando e conhecendo no bom conceito do IF Sertão-PE Zona Rural.
Acredito que o principal gargalo desse processo se chama falta de transporte. Não conheço os apoios da Prefeitura para nossos estudantes. Há muito o que fazer junto às associações de transporte alternativo para melhorar isso. Outro problema é a confusão de conceitos. Não sabem que cada campus tem uma relativa autonomia, entre elas o calendário, justamente para adequar às situações específicas de cada campus? Não dá para comparar calendário com outro campus. Férias é direito, não é paralisação. Os direitos trabalhistas que estão em jogo no congresso, (alguém quer perdê-los?) foram conquistados com sangue, suor e lágrimas dos nossos pais e avós na militância sindical. Nenhum veio por bondade. Por isso o lema das últimas greves foi: nenhum direito à menos. Não podemos deixar essa geração crescer achando que as greves são as vilãs da história. Isso é o que os patrões (e seus representantes políticos) querem que acreditem. Acredito que a iniciativa da reclamação é positiva e promoverá mais diálogo, que é o instrumento para resolver os problemas.
Sou aluno do campus. Essas greves foram péssimas mesmo. Atrasa demais a vida. Tive até professoras ótimas como Ana Rita, Laiane e Gustavo. Mas imagina. Se eu tivesse começado nesse semestre, ter só um mês de aula e 15 dias de interrupção de férias dos professores logo no começo. Isso é uma droga. Teriam de fazer de tudo para adequar o calendário depois das greves. Isso não é nada estimulante. É irresponsável. Poderiam ter colocado um recesso de uma semana na semana do São João. Não prejudicaria tanto. Gosto de lá. Mas somos muito prejudicados. A Instituição vê muito mais o interesse dos servidores (principalmente os professores) do que o interesse dos alunos.
Esses professores não estão preocupados com os alunos, querem cada vez mais mamar nas tetas do governo! Recebem altos salários e em dia, mas não querem dar aula!
Existe um ditado que diz “sempre haverão críticas”, ou seja, não é possível agradar gregos e troianos, nesse sentido, acho muito irresponsável esse ataque aos professores do Campus Zona Rural, as greves existiram e ainda existirão, e são elas que fazem com que o professor seja valorizado pelo governo. É compreensível que os alunos fiquem insatisfeitos, mas paciência, as propostas foram criadas e essa foi a escolhida, os alunos têm essa tendência a se vitimizarem e isso acaba causando um mal estar geral entre professores e alunos que não resolve nada. O melhor a fazer é respeitar os professores, participar dos sábados interativos na medida do possível e tentar articular alguma forma de aproveitar esses 15 dias de férias com alternativas como trabalhos ou alguma possibilidade de EAD para adiantar os conteúdos.
Não leve isso como um ataque, até pq não houve ofensa e nem mentira no que foi descrito.
Sei que nesses tempos parados, nos alunos temos que pagar aluguel, água, luz, alimentação e muitas outras coisas, sendo que não trabalhamos, ou vcs acham que a vida fora dos muros da faculdade tbm entra de greve ?
Ficam inventando coisas para tentar concertar o erro que fizeram, EAD, trabalhos, sabados ? Eu acho que fizemos o vestibular para uma instituição que oferece cursos presenciais. o certo é encerrar um semestre para só assim entrar de ferias.
Os que se vitimizam são os alunos que recebem um auxilio de 200 reais para passar o mês inteiro, ou os servidores que recebem seus salários em dias e diga-se de passagem um bom salario, pq Se compararmos os salários deles com os do município ou estado, eu fico com vergonha alheia pelos servidores que fazem greve a todo tempo sem motivo, pq são bem remunerados e nunca receberam atrasado.
Desafio os servidores a fazerem greve sem remuneração, porque é fácil fazer greve recebendo seu salario no fim do mês !!! apoio greve desde que seja por uma causa justa,queria que algum servidor mostrasse o que conseguiram com as ultimas greves, para pelo menos nós dizermos que valeu a pena !!
Respeito os professores responsáveis. Mas não respeito os irresponsáveis que até hoje não colocaram minha nota e a da turma. Para isso não cabe respeito. É irresponsabilidade e falta de respeito pelos alunos e pelo Instituto Federal. Nunca vi professor sofrer alguma punição por falta de responsabilidade. Professores não são os melhores para dirigir uma instituição. Seria melhor um técnico qualificado, competente e responsavel para gerir. Já fui atendido por gente assim. Que faz o melhor. Lá mesmo. Tudo fica na politicagem do vote em mim e te dou este cargo. Igual a Brasília. Por isso as pessoas realmente competentes não são colocadas nas funções certas. Mas tenho esperança de que melhorem. Pois quero me formar.
Olhem os salários dos servidores nesse site de acesso público. O porquê o nome da pessoa e veja os super salários de alguns.
http://www.portaltransparencia.gov.br/servidores/Servidor-ListaServidores.asp
Respeito os professores responsáveis. Mas não respeito os irresponsáveis que até hoje não colocaram minha nota e a da turma. Para isso não cabe respeito. É irresponsabilidade e falta de respeito pelos alunos e pelo Instituto Federal. Nunca vi professor sofrer alguma punição por falta de responsabilidade. Professores não são os melhores para dirigir uma instituição. Seria melhor um técnico qualificado, competente e responsavel para gerir. Já fui atendido por gente assim. Que faz o melhor. Lá mesmo. Tudo fica na politicagem do vote em mim e te dou este cargo. Igual a Brasília. Por isso as pessoas realmente competentes não são colocadas nas funções certas. Mas tenho esperança de que melhorem. Pois quero me formar.
Sou obrigado a discordar que “o campus é de difícil acesso e não existe transporte regular para os alunos”. Há pelo menos 3 cooperativas fazendo linhas regulares que saem do Centro e que passam por aqui. O campus foi de difícil acesso no passado. Hoje, não.