A ocupação simultânea em mais de uma universidade pública está bem perto de ser proibida. A Câmara dos Deputados aprovou, na semana passada, a redação final do projeto de lei que proíbe alunos de fazer, ao mesmo tempo, dois cursos de graduação em faculdades públicas diferentes ou de fazer dois cursos na mesma instituição.
O projeto segue para o Senado e, se aprovado, para sanção do presidente Lula. Não haverá mudanças para os alunos que já estão matriculados em dois cursos.
De autoria do deputado federal pernambucano Maurício Rands (PT), o projeto se arrastou durante três anos na Câmara. Desta vez, o parlamentar acredita que a aprovação no Senado será mais rápida. “Ainda neste semestre”, afirmou. Na próxima segunda-feira, Rands reúne-se com representantes do Grupo de Apoio aos Remanejáveis (Gare), criado há 17 anos e formado por pais de vestibulandos. Também deverão participar do encontro reitores e pró-reitores das universidades públicas pernambucanas (UFPE, UFRPE e UPE). “A participação do Gare é muito importante, para pressionar o Senado”, destacou o deputado.
Assim que os listões da UPE e das Federais são divulgados, o Gare faz um mapeamento para identificar nomes que se repetem nas listagens. Em seguida, entra em contato com os estudantes para sensibilizá-los a matricular-se em apenas uma instituição ou, caso tenha feito a inscrição nas duas, desistir de uma delas e, assim, liberar a vaga para que seja ocupada por outro jovem. Presidente do Gare em 2006, Sineide Pereira viu a filha não passar no vestibular de medicina por apenas sete centésimos. “Quando ela foi remanejada, depois de quatro tentativas, fizemos um trabalho de conscientização para que os alunos que passaram na UFPE e UPE optassem por apenas uma delas”, lembrou.
Segundo Maurício Rands, a defesa do projeto está na carência do número de vagas do ensino público superior. “É injusto que um mesmo aluno ocupe duas vagas. Ao proibirmos a ocupação silmutânea, aumentamos a oferta e ampliamos as oportunidades”, ressalta.
Esta lei é urgente e necessária. Em Petrolina, há 2 anos, temos um trabalho semelhante – o GARE-Petrolina e, graças a esse trabalho organizado de vestibulandos remanejáveis e pais, somente esse ano, 25 remanejamentos aconteceram, para o curso de Medicina – UNIVASF ( de um total de 40 vagas), muito mais que a previsão. É um trabalho intensivo, que convence candidatos que passaram em suas regiões de origem, a fazerem, via procuração, cancelamento de matrícula na UNIVASF… e outra luta, junto à UNIVASF, para garantir o remanejamento de remanejáveis. Em junho, na matrícula da segunda fase, o GARE Petrolina estará atuando.
É um absurdo esta lei.Quer dizer que se eu quiser fazer meu bacharelado em comunicação não posso concomitantemente cursar uma licenciatura em história na upe?Brincadeira.
A solução para esse problema é o cara que ficou no remanejamento este ano,estudar mais para o próximo.Acho certo sim,eu não posso ou não quero cursar as duas então cancelo uma;mas privar as pessoas de oportunidades de melhor preparo é uma sacanagem.Aliás,sacanagem é só o que os politicos do Brasil fazem com o povo.
Estou cada vez mais triste com o Brasil.
É doloroso ver um projeto como este sendo aprovado. Nossos governantes deveriamm estudar maneiras de criar mais vagas nas universidades e de capacitar melhor seus jovens, e não, interromper as oportunidades conquistadas por aqueles que vivem a dura realiadidade do mercado profissional deste país, e que buscam se capacitar cada vez mais. O Brasil não prega a democracia? Onde fica nosso direito de escolha?