Alvorlande nega que acordo sobre 20% de remanejamento orçamentário para Lossio seja “moeda de troca” em impasse da Mesa Diretora

por Carlos Britto // 05 de dezembro de 2014 às 12:36

alvorlandeAutor da emenda que viabilizou um acordo entre as bancadas de situação e oposição, estipulando um remanejamento orçamentário de 20% (R$ 120 milhões) ao qual o prefeito Júlio Lossio (PMDB) terá direito em 2015 sem pedir autorização à Casa Plínio Amorim, o vereador Alvorlande Cruz (PRTB) rechaçou os rumores de que esse entendimento tenha ligação com o impasse da Mesa Diretora.

De acordo com o governista, o “gesto largo” feito pela oposição – que apresentou 10% de remanejamento, enquanto o prefeito queria 30% – em aceitar sua emenda não pode ser confundido com “moeda de troca”. Nos bastidores da Casa os comentários dão conta de que, apoiando emenda, os oposicionistas aguardariam uma sinalização positiva dos governistas para alterarem a Lei Orgânica do município, que garantiria a reeleição de Osório para o próximo biênio (impugnada pela justiça).

“Sabemos que a política é dinâmica, mas não podemos colocar política partidária acima das políticas públicas. Não podemos colocar como moeda de troca a saúde, a educação. Temos por obrigação, como homens públicos, cumprir com nosso papel de legisladores. Até porque quem pediu para vir para cá fomos nós”, desconversou.

Voltando a comentar sobre a votação do Orçamento, Alvorlande enalteceu os esforços do presidente da Casa, Osório Siqueira (PSB), em intermediar o acordo. Destacou também o trabalho do líder governista, Elismar Gonçalves (PMDB) e chegou a chamar o líder da bancada oposicionista, Ronaldo Cancão (PSL), de “visionário” por acatar a emenda. Segundo Alvorlande, a decisão permitirá ao prefeito ampliar as ações do governo em itens como saneamento, habitação e atenção básica da saúde.

Ele também destacou o número recorde de mais de 104 emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2015, que passou dos R$ 50 milhões aprovados. “A Casa viu a necessidade de se aprovar projetos para fazer chegarem as políticas públicas. Até porque quem paga a conta é o povo”, finalizou.

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