O ambientalista e comunicador social Vitório Rodrigues enviou um artigo ao Blog, ou melhor, um verdadeiro desabafo, sobre sua atuação enquanto cidadão preocupado com o meio ambiente. Segundo ele, há quem o desaprove. Mas para nós, que fazemos parte da equipe do Blog, Vitório é digno de aplausos:

Às vezes penso: será que vale a pena me expor tanto, na defesa da natureza? Será que vale a pena entregar meu rosto a “bofete”, como tenho feito em defesa de uma melhor qualidade ambiental para nossos sucessores na vida? Pois é, às vezes eu penso em jogar a toalha e desistir da luta, pois tenho vivido as últimas duas décadas dedicando meus dias de vida a defesa do meio ambiente de forma sensata, sem radicalismo e se ha alguma coisa radical nessa história é a legislação e não eu.

Mas sempre aparece alguém para me acusar de radicalismo, enquanto tudo que faço é extremante para obedecer à legislação ambiental de meu País, do Estado e do município. Utilizo-me de seis horas por dia para ganhar o meu sustento e de minha família como servidor público e procuro ser um bom servidor, cumprindo religiosamente meu horário de trabalho, realizando as tarefas que pelas quais sou pago para realizar, enquanto as demais horas do dia, anos a fio, são dedicadas a trabalhos voluntários como educador ambiental, comunicador social e defesa dos direitos das pessoas com deficiência, pois sou um deles.

Sinto-me realizado às vezes, embora de vez em quando, agredido gratuitamente. Mas Deus sabe o que faz. Quando eu estou caindo no desânimo, sempre acontece algo de bom para me reanimar. Foi o que aconteceu terça-feira (08), quando recebi este convite dias antes:

 “Sr. Vitório, estaremos realizando na Escola Paul Harris – Petrolina, no próximo dia 08/12, a partir das 09h o encerramento do projeto “Viajando pelas cores, formas, letras e sons do Velho Chico. Um resgate da cultura ribeirinha.” E na oportunidade alguns alunos estarão falando da Literatura Ribeirinha que tem como tema o Velho Chico. Se possível,gostaríamos que o Senhor se fizesse presente.

Abraço”.

Ao comparecer na data prevista, fui surpreendido com uma homenagem a mim e aos demais escritores e compositores da região, entre os quais: Uberdan, Cida Pinheiro, Maviel Melo, João Gilberto, Adelmário Coelho e tantos outros nomes mais importantes de que o meu. O grupo que me homenageou teve como fonte de pesquisa o meu livro SÃO FRANCISCO DA TERRA, lançado ano passado pelo SESC e o livro TRANS.POSIÇÃO.FRANCISCO, lançado dia 27/01/09 pela Editora Annablume Editora e Comunicação, de São Paulo, no qual participo como debatedor, juntamente com o bispo Frei Gilvander de Belo Horizonte, Dr. Otávio Carvalho da Codevasf e o jornalista e advogado Fernando Valença, da Folha de Pernambuco.

É por essas e outras razões, que os incomodados ainda vão “ter que me engolir” por muito tempo. E os que têm contado com minha colaboração e gostam do meu trabalho, vão poder contar ainda por muito tempo também, a luta vai continuar, pode ter certeza se DEUS assim permitir.

Abraços.

Vitório Rodrigues