A ministra Ana Arraes, do Tribunal de Contas da União (TCU), parece não ter engolido ainda o que classificou como “agressões” de seu neto João Campos, pré-candidato do PSB à Prefeitura do Recife, ao tio Antônio Campos. Longe dos holofotes da mídia desde que tomou posse no TCU em 2011, a magistrada voltou hoje (7) a se posicionar em favor do filho.
“Fiquei indignada e revoltada com a conduta dele [João Campos], pedi respeito ao meu filho e à minha família. Meu filho é um homem de bem, escritor e intelectual. João, de forma deselegante, agredindo até o bom português, se dirigiu ao ministro como você. Não soube nem usar os pronomes. Quando alguém se reporta a uma autoridade a trata de Vossa Excelência e não de você”, queixou-se.
Em dezembro do ano passado, seu neto havia classificado Antônio Campos, presidente da Fundaj, como sujeito pior do que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante uma reunião da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Sinal de prepotência
“Eu acho que ele ultrapassou os limites da sua tarefa de deputado, do local onde ele dizia e, sobretudo, do teor que ele disse. Eu fui acostumada a respeitar os meus parentes. Mesmo se a gente não concorda com alguma coisa, a gente fala de outra forma. Foi muito desagradável, foi um sinal de grande má-educação e prepotência”, ressaltou a ministra.
No meio disso tudo, Ana Arraes revelou também que está pensando em voltar à política depois que cumprir a missão de presidente do TCU, cargo que toma posse no próximo ano. “Quero dar continuidade ao legado do meu pai [Miguel Arraes] e do meu filho [Eduardo Campos]”, afirmou.
“Quase morri”
Rompendo o silêncio totalmente, a ministra falou ainda, pela primeira vez, sobre o sentimento de tristeza que a tomou quando o ex-governador Eduardo Campos perdeu a vida no acidente aéreo de 13 de agosto 2014. Disse que sua pressão subiu para 28×12 naquele dia. “Quase morri. Fiquei internada no posto de saúde do TCU”. (Fonte: Blog do Magno Martins)