A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que a bandeira tarifária vai continuar verde em maio. Para os consumidores, não haverá nenhuma mudança, já que, desde abril, as contas de luz já trazem a bandeira verde, que sinaliza melhores condições de geração de energia elétrica e não traz nenhuma cobrança extra.
O órgão regulador informou que o Custo Marginal de Operação (CMO), indicador que demonstra o custo de geração da usina mais cara em operação em todo o País, ficou abaixo dos R$ 211,28 por megawatt-hora (MWh) em todas as regiões. Por isso, não foi preciso que a diretoria deliberasse sobre a manutenção da bandeira verde.
No mês passado, o indicador estava acima desse custo no Nordeste o que, em tese, não permitiria o acionamento da bandeira verde. Porém, como havia um saldo positivo de R$ 2 bilhões na conta centralizadora das bandeiras tarifárias, que arrecada os recursos pagos por meio da conta de luz, a Aneel decidiu que seria possível adotar a bandeira verde.
Agora, de acordo com a agência, a previsão é de um maior volume de geração eólica no Nordeste, o que deve dispensar o uso de termelétricas e reduzir o custo de geração na região para um nível abaixo dos R$ 211,28 por MWh.
Esse é o segundo mês, desde a criação do sistema, em que a bandeira fica verde. De janeiro de 2015 a fevereiro deste ano, vigorou a bandeira vermelha e, em março, a amarela. De acordo com a Aneel, contribuíram para a decisão a recomposição dos reservatórios das hidrelétricas, devido às chuvas, as sobras de energia, em razão da queda do consumo, e a entrada de novas usinas no sistema elétrico.
Bandeiras
As bandeiras tarifárias são um sistema que sinaliza com precisão o custo real de geração de energia, e seu funcionamento é semelhante ao do semáforo. Quando a bandeira é verde, apenas as usinas mais baratas estão acionadas e, por isso, não há nenhuma cobrança extra na conta de luz.
Na bandeira amarela, é preciso usar térmicas com custo intermediário, e há cobrança de R$ 1,50 a cada 100 kWh de consumo. Já a bandeira vermelha possui dois patamares. No primeiro, com térmicas um pouco mais caras acionadas, o custo é de R$ 3,00 a cada 100 kWh; no segundo, quando praticamente todo o parque termelétrico está em funcionamento, a taxa é de R$ 4,50 a cada 100 kWh. (De Agência)