Bem, todo mundo conhece a história de Daniel Alves depois que ele saiu do Bahia. Foi para o Sevilla (ESP), seguiu para o Barcelona (ESP) e agora veste a camisa amarelinha do Brasil. O lateral-direito baiano está muito perto da Copa de 2010, na África do Sul. O desempenho do jogador nascido em Juazeiro na Copa das Confederações deste ano, praticamente, carimbou a vaga dele na Seleção. O Bahia Esporte traz para você como era a vida de Daniel antes de tudo isso.
O Brasil inteiro viu e comemorou o gol que deu a Seleção Brasileira uma vaga na final da Copa das Confederações. Daniel Alves cobrou uma falta com perfeição, sem chances de defesa para o goleiro sul-africano. ‘No momento, cobri a cara, chorando de alegria. Poder entrar no jogo, poder ajudar o Brasil, foi algo de uma emoção muito grande’.
O jogador, que chorou ao marcar um gol decisivo, tem uma história de vida das mais tocantes. Antes de se tornar um vencedor nos gramados, a pobreza foi o maior adversário. Ao relembrar o passado de dificuldades da família Alves, o irmão de Daniel, Nei Alves, não costuma esconder as lágrimas. ‘Para gente chegar na cidade tinha que andar 7km. No mínimo, 7km. Desculpa, não vou conseguir’, interrompe chorando.
O cenário é de uma típica comunidade do sertão nordestino, na zona rural de Juazeiro-BA. Umbuzeiro é o nome do lugar. Daniel Alves nasceu e morou neste lugar até completar 13 anos. Os pais eram agricultores, plantavam cebola. A família toda ajudava na lavoura, inclusive o lateral da Seleção.
‘Até hoje passa o filme na minha cabeça. Parece um sonho, voltar no tempo e ver o que minha mãe e meu pai enfrentaram’, conta Nei, irmão de Daniel.
Mesmo distante, Daniel está sempre próximo. O sonho do garoto que queria ser jogador ficou pequeno diante da realidade. ‘A realidade foi muito além do sonho. Nunca passou pela cabeça dele que chegaria a tanto’, revela o irmão do jogador.
Por onde passa, Daniel deixa um rastro de títulos. No Bahia, campeão da Copa do Nordeste. No Sevilla, bicampeão da Copa da Uefa. Depois disso, campeão europeu pelo Barcelona. Pela Seleção, campeão mundial sub-20. Sob o comando do técnico Dunga, dois títutos: campeão da Copa América e da Copa das Confederações. ‘Sou abençoado por Deus. Onde piso, título que vem. A gente fica feliz por isso. Ser um vitorioso nessa vida tão difícil’.
Hoje, Daniel Alves é nome quase certo na Copa de 2010. É titular do milionário time do Barcelona, onde atua ao lado de outros craques como Lionel Messi e Samuel Eto’o. O que pouca gente sabe é que essa trajetória de sucesso começou num campo de terra, o campo da Liga Desportiva Primeiro de Maio.
O primeiro time de Daniel foi o Barro Vermelho. Caboclinho foi o primeiro técnico. Ele não era titular, mas só precisou de um jogo para convencer o treinador. ‘Nós estávamos disputando uma Taça Bahia. Daniel era o terceiro lateral. Empatamos duas partidas. Com ele no time, vencemos. Como tira do time, né? Não pode tirar’, conta o treinador.
Do Barro Vermelho, Daniel foi para as divisões de base do Juazeiro. E de lá, para o Bahia. A história se repetiu. Chegou reserva do reserva. Saiu titular absoluto. ‘Era um jogador em que todos apostavam. Diziam que seria um bom jogador aqui para o Nordeste. Mas, graças a Deus, ele foi iluminado e brilhou de uma forma inesperada’, relembra Antônio Barbosa.
A estrela de Daniel gosta de brilhar no lugar certo, na hora certa. É assim num jogo da Seleção Brasileira ou numa pescaria com os companheiros de time. ‘Ele apareceu de repente e pediu para lançar a rede. Meu pai disse ‘você não sabe jogar a rede, não vai dar certo’. E ele lançou a rede. Quando puxou, veio bastante peixe. Fiquei impressionado’, conta o amigo Juari Pereira.
Não é só dentro de campo ou nos momentos de descontração que Daniel costuma surpreender. Quando o amigo Salvador mais precisava, o amigo famoso também foi decisivo. ‘Ele não é da família de sangue. É da família de coração. Amigo da gente é nessas horas. Quem tá com a gente e quem não tá’.
A mãe de Salvador tinha que fazer uma cirurgia delicada no coração. Corria risco de morte. Graças a Daniel, que ajudou a pagar a operação, hoje ela está bem de saúde. ‘Ai meu Deus. Falar do meu filho é difícil, eu tenho ele (Daniel) como um filho’, diz dona Lina.
Salvador e Daniel cresceram juntos. A primeira chuteira como profissional foi dada de presente para o amigo. Foi com elas que o lateral apareceu para o Brasil, jogando no Bahia. Mas o Bahia não é único tricolor que mexe com o torcedor Daniel, não. ‘Se fosse para encerrar a carreira gostaria de encerrar onde comecei, no Bahia. Se pudesse, gostaria de jogar no São Paulo, time que torcia, dava uma passadinha antes’.
O sonho desse lateral nascido em Juazeiro não é participar de uma Copa do Mundo, mas de duas. ‘Hexa na África. Hepta no Brasil’.
Antes daquele gol na Copa das Confederações, viu quanta coisa já aconteceu na vida de Daniel. Nas terras banhadas pelo São Francisco, o terreno é fértil para o surgimento de talentos. Nos palcos, João Gilberto e Ivete Sangalo são os filhos mais famosos de Juazeiro. Nos gramados, quem dá espetáculo é Daniel Alves.
rapaz essa historia é muito chocante
plantava sebola olha (Daniel) aonde ta agora.
ola sou de juazeiro_ba mais estou morando em saõ paulo ja joguei com daniel alves no comeco da carreira dele no campo da 1 de maio
foi muito bom aguele tempo … que bom daniel alves hoje é estrela nacional e internacional … termos varias estelas com ivete sangalo e jão gilberto agora a namara no bbb com certeza ela vai ser estrela nacional …… um abraço pra famila alves seu domingos
valeu juazeiro _bahia