José Rodrigues Rosa é uma personalidade unânime em Curaçá, no norte da Bahia. E não é difícil de entender o porquê. Mais conhecido por ‘Seu Zeca’ ou ‘Zé Garapa’, ele chega aos 109 anos de idade esbanjando saúde e com toda a alegria que lhe é peculiar. Nasceu, conforme dados da família e da Paróquia de Curaçá (Livro de Batismo), em 1914, num 18 de fevereiro, na Fazenda Serrote, região da Laminha – Distrito de Barro Vermelho, zona rural do município.
Saiu dali na juventude para trabalhar em diversas localidades como vaqueiro, biscate, vigia, transportador de volumes, entre outros empregos. Até ajudou na construção da Subestação Elétrica de Barro Vermelho e em vários calçamentos em Curaçá, onde reside atualmente. Foi casado com Maria Eloína Evangelista Rosa, também barrovermelhense, com quem teve 10 filhos e filhas e tem 24 netos 21 bisnetos e um tataraneto.
Seu Zeca é a alegria da Avenida dos Marujos, onde mora. Grita e brinca com quem passa, põe apelidos nos vizinhos, cuida da árvore que plantou bem em frente à sua casa e ainda está sempre pronto a tomar uma “loirinha”, como ele chama a cerveja (de preferência, e somente, a Itaipava).
Ele acorda e dorme cedo todo dia, e se alimenta bem e nas horas certas. Seu Zeca revelou outros segredos de sua longevidade: “comer feijão e tomar loirinha“. Esse velhinho de bem com a vida inspirou a criação do Bloco do Zeca no carnaval de Curaçá entre 2018 e 2020. Em virtude da pandemia de Covid 19, que também o acometeu, houve um intervalo. Nesse ano de retorno, a data de aniversário dele vai cair no mesmo dia da festa, que contará com apresentações musicais, dança, desfile do Bloco das Virgens, caretas e homenagem a Seu Zeca. Tudo na Avenida dos Marujos. Ele mesmo convida os foliões com seu típico jargão: “Bora, gente!“.
É interessante como toda cidade tem um
personagem caracteristico. No caso Curaçá ganha da outras em razão da idade de seu Zeca. No meu romance Noite em Paris que publico no blogue de mesmo nome, falo de um personagem que realmente existiu em Capela do Alto Alegre/Ba., Zé Mancambira. Alguém aí em Curaçá para escrever um romance com ele?