As campanhas de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) acontecem durante todo o ano, e de forma mais intensa em épocas festivas, como no carnaval. Os discursos reforçam a importância do uso de preservativos e os riscos de ignorar o principal método de prevenção das doenças. A população tem tido cada vez mais acesso aos preservativos, que podem ser recebidos gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em Juazeiro, porém, até o momento as ações voltadas para o estímulo do sexo seguro ainda não conseguem convencer um número significativo de pessoas. Prova disso é o aumento no número de novos casos de DSTs – entre eles a Aids.
De acordo com o relatório Nacional de Vigilância em Saúde, desde o ano que foi confirmado o primeiro caso de Aids na Bahia (em 1984) até 2010, foram registradas mais de 17 mil pessoas com o vírus. Em Juazeiro o número de ocorrências foi de 409 durante o mesmo período, o que faz do município baiano o quinto mais atingido pela doença no estado.
Apesar das campanhas de conscientização e o fácil a cesso ao preservativo, os dados nacionais do Ministério da Saúde mostram que o uso do método, popularmente conhecido como ‘camisinha’, não tem sido adotado por boa parte da população brasileira. Em relações com parceiros casuais o uso do preservativo caiu de 58% para 49% em todas as faixas etárias. De janeiro a junho de 2012, o Boletim Epidemiológico AIDS – DST divulgado pelo órgão contabilizou 17.819 novos casos da doença no país.
No estudo realizado em 2011 pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), feito com 940 usuários do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Juazeiro, setor responsável por realizar trabalhos de prevenção às DST, mostra que mais de 40% dessas pessoas nunca usou preservativo com parceiro fixo, e argumentam que o principal motivo é a confiança no parceiro.