O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, justificou o aumento da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que passou de R$ 68 para R$ 82. Segundo ela, o dinheiro arrecadado não cobre “nem um terço do custo do exame”.
“O MEC [Ministério da Educação] subsidia grande parte do exame e continuará fazendo isso. A taxa deste ano foi apenas corrigida em 14% de IPCA de anos anteriores que não foram aplicados e 6% deste ano”, diz Maria Inês.
Ela também menciona que “pouca gente que paga [a taxa de inscrição], a maioria se beneficia da isenção”. De acordo com o edital do Enem 2017, não precisarão pagar a taxa: estudantes de escolas públicas concluintes do ensino médio em 2017, candidatos com renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio e pessoas que cursaram o ensino médio completo em escola da rede pública ou como bolsista integral de escola privada.
Neste ano, também passar a ser isentos aqueles que tiverem cadastro no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal), que reúne famílias em situação de pobreza e pobreza extrema. Para comprovar o dado, o candidato deverá informar, no ato da inscrição, o NIS (número de identificação social) – o sistema permitirá a busca automática.
Custo por aluno
No Enem 2016, o custo por aluno foi de R$ 92. Não há ainda estimativa sobre a atual edição do exame. “Estamos esperando propostas dos correios, dos consórcios e das gráficas”, diz a presidente do Inep. (fonte/arte: G1-RJ)