Em resposta às denúncias sobre situação caótica e falta de atendimento médico, a superintendência do Hospital Universitário (HU) de Petrolina negou que os pacientes que chegam à unidade fiquem sem a devida assistência.
Acompanhe a nota da superintendência:
Na madrugada do dia 14/03/2016, precisamente às 2h26 foi admitido paciente gravíssimo vítima de lesão por arma de fogo no crânio, com exposição de massa encefálica, trazido pelo SAMU, com evidências de irreversibilidade.
O paciente foi atendido por equipe médica do Hospital, recebendo suporte clínico emergencial, e prontamente pela equipe neurocirúrgica, de acordo com protocolos assistenciais adotados mundialmente. Devido ao estado de gravidade, inerente à lesão sofrida, o paciente veio a óbito momentos após – às 4h – sendo totalmente assistido desde a sua condução pelo SAMU, não ocorrendo em momento algum, situação definida como “falta de assistência”.
Como o HU é uma unidade de atendimento ‘Porta Aberta’ onde a população é atendida sem encaminhamento prévio da Central de Regulação de Leitos, situação esta considerada atípica entre os Hospitais Universitários e, portanto, absorvendo grande demanda, principalmente nos finais de semana, nesta mesma madrugada, um outro paciente, com lesões decorrentes de acidente de motocicleta, mas sem gravidade, e em virtude de naquele momento não haver profissional disponível para realizar o primeiro atendimento, foi sugerida a sua remoção para unidade de menor complexidade.
Mesmo com a visível necessidade e a indicação de transferência do paciente para outra unidade da rede pública, a médica da ambulância do SAMU que o conduziu ao HU, não atendeu a recomendação da equipe de plantão, desacatou equipes médicas, de enfermagem, de portaria e outros profissionais que estavam presentes.
Apesar de momentos de tumulto, provocados pela médica da ambulância do SAMU, a situação foi controlada com muita serenidade de nossa equipe. O atendimento ao paciente foi realizado, inclusive pelo médico que havia conduzido o paciente grave que já estava sendo atendido. Também foram feitos curativos, após pequena sutura na mão, procedimento que poderia ter sido realizado em qualquer outra unidade de saúde de menor complexidade.
Diante desta lastimável situação que envolveu o Hospital Universitário, ressaltamos que o fato será denunciado formalmente ao Conselho Regional de Medicina e ao município de Petrolina – Samu e Secretaria de Saúde. O trabalho de uma unidade hospitalar não pode ser obstruído, sob nenhum pretexto. Portanto envidaremos todos os esforços para que episódios desta natureza não prejudiquem à população que utiliza os nossos serviços diariamente. Destaque-se que o HU é uma unidade pública, faz parte de uma rede que atende a 53 municípios.
HU/Superintendência