A cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Piauí decidiu, após reunião realizada ontem (2), que irá anular o concurso da Polícia Militar do estado, que foi realizado no domingo (1º). O motivo é a suspeita de fraude revelada pela Operação Certame, que prendeu quatro pessoas acusadas de negociar as respostas.
A informação confirmada pelo secretário de Segurança Pública, Robert Rios, é que a cúpula do órgão reconheceu que não houve nenhuma falha do Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe), organizadora do concurso, tratando-se de um problema externo. No entanto, para evitar quaisquer suspeitas sobre a idoneidade do resultado, ficou decidido que o concurso será anulado. Ainda não há previsão para a divulgação de uma nova data.
O concurso foi realizado nas cidades de Teresina, Picos, Floriano, São Raimundo Nonato, Bom Jesus e Corrente. Foram inscritos mais de 30 mil concorrentes, que disputaram as 400 vagas para o cargo de soldado e 30 vagas para o cargo de oficial da PM-PI, totalizando uma concorrência geral de 70,94 pessoas por vaga.
Entenda o caso
A Operação Certame foi deflagrada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e pelo Núcleo de Inteligência da Polícia Civil. Quatro pessoas acusadas de participar de esquema de repasse das respostas acabaram presas, entre elas o tenente da PM-PI, Elivaldo Morais, que seria o mentor da quadrilha. (De Agência)
A pergunta que não quer calar. Quem vai arcar com o prejuízo de quem se deslocou de uma cidade para outra? Houve despesas de passagem, hospedagem, alimentação…devido uma minoria, outros candidatos serão obrigados a ficar no vermelho? Conheço várias pessoas que tiveram de pedir dinheiro emprestado para ir fazer esse concurso. Isso é um absurdo! O bom seria que a comissão organizadora encontrasse uma solução, para não prejudicar ainda mais esses candidatos.